ouça este conteúdo
Presidente Lula discute corte de gastos no Planalto, onde o 14° salário pago pode ser cortado, mas ainda falta consenso para o anúncio do pacote.
O governo prometeu anunciar um pacote de reforma para reduzir os gastos públicos, mas a falta de consenso entre os ministérios adiou o anúncio.
A equipe econômica estuda uma série de medidas para cortar despesas e aumentar os benefícios fiscais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia prometido anunciar o pacote de corte de gastos do governo para esta semana, mas a falta de consenso forçou um adiamento do anúncio. A prioridade é encontrar um equilíbrio entre a redução dos gastos e a manutenção dos serviços essenciais.
Corte de Gastos: O que está em jogo?
O governo está analisando a possibilidade de cortar gastos em vários setores, incluindo o abono salarial, que é uma despesa que subiu acima do esperado e deve crescer mais. De acordo com as previsões, o abono salarial deve chegar a R$ 30 bilhões em 2025, uma aumento significativo em relação aos R$ 23 bilhões de 2022 e R$ 25 bilhões do ano passado.
O abono salarial é um benefício pago a 22 milhões de trabalhadores com carteira assinada que receberam até 2 salários mínimos por mês. No entanto, a avaliação de técnicos do planejamento é que o abono do PIS/PASEP está perdendo o caráter social diante da política de recomposição do salário mínimo.
Uma das propostas do governo é aumentar o tempo de contribuição para ter direito ao benefício de 30 dias trabalhados com carteira assinada para, pelo menos, 60. Outra possibilidade é pagar o abono somente a quem ganha um salário mínimo, e não dois, como é hoje.
Ministros das áreas sociais já afirmaram que a desvinculação do mínimo de aposentadorias, pensões e programas do governo, está descartada. Já novas exigências legais para o pagamento do BPC, o benefício de prestação continuada, são dadas como certas.
Os valores e o público alvo, principalmente idosos e deficientes em extrema pobreza, seguem inalterados. No entanto, o que mudaria seria a ideia de tornar permanentes a prova de vida anual, o reconhecimento facial e cruzamento de informações com o CadÚnico do governo para evitar fraudes.
Isso pode economizar cerca de R$ 5 bilhões por ano nas contas do planejamento. A equipe econômica tem enfrentado dificuldade dentro do próprio governo para aprovar cortes mais profundos nas despesas públicas.
O desafio do governo
O governo está enfrentando um desafio para aprovar cortes mais profundos nas despesas públicas. A equipe econômica precisa encontrar um equilíbrio entre a necessidade de reduzir os gastos e a importância de manter os benefícios sociais.
A reunião no Planalto com o presidente Lula e pelo menos nove ministros foi uma tentativa de encontrar uma solução para o problema. No entanto, a falta de consenso entre os ministros e a resistência de alguns setores do governo têm dificultado a aprovação de cortes mais profundos.
O anúncio do pacote de cortes de gastos é esperado para os próximos dias. No entanto, a equipe econômica ainda precisa superar os obstáculos para aprovar as medidas necessárias para reduzir os gastos e garantir a sustentabilidade das finanças públicas.
Fonte: @ Jornal da Band