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Delação premiada inclui compromisso de não omitir fatos e termos como Plano de assassinato, militares para matar, ex-ajudante de ordens, cópia do plano e general Mário Fernandes.
A investigação da Polícia Federal sobre o plano de militares para matar o presidente Lula depois da eleição de 2022 teve origem nos arquivos de Mauro Cid.
Segundo a PF, a investigação sobre o caso foi iniciada após a descoberta de um inquérito que apontava para a existência de um plano para assassinar o presidente Lula. A apuração dos fatos levou a polícia a identificar os envolvidos no plano e a coletar provas que comprovam a existência do mesmo. A atuação da PF foi fundamental para evitar um crime grave.
O Inquérito Contra o Ex-Ajudante de Ordens de Bolsonaro
A Polícia Federal realizou uma investigação sobre o ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid. Durante a apuração, descobriu-se que ele estava envolvido em um plano de assassinato contra Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Esse plano, batizado de ‘Punhal Verde e Amarelo’, foi encontrado em um dos notebooks de Mauro Cid. Segundo a investigação, o militar tinha conhecimento do plano de golpe de estado e do assassinato de autoridades. Ele foi ouvido pela Polícia Federal e questionado sobre por que não havia revelado o plano em seus depoimentos anteriores. A PF também descobriu que, no dia 6 de dezembro de 2022, Mauro Cid e o general Mário Fernandes, número 2 da Secretaria Geral da Presidência, estavam no Palácio do Planalto e imprimiram o documento com as diretrizes do plano. Bolsonaro também estava no Planalto naquele dia. Mauro Cid reafirmou à PF que, no dia 12 de dezembro de 2023, estava na casa do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil de Bolsonaro. Segundo a investigação, foi nessa reunião que os militares concluíram o plano de logística do ataque a Lula, Alckmin e Moraes. Os investigadores apontam que o grupo planejou assassinar Alexandre de Moraes no dia 15 de dezembro. Mauro Cid trocou mensagens com o Major Rafael Martins de Oliveira, apelidado como ‘Joe’, que dizia: ‘alguma novidade?’. Mauro Cid respondeu: ‘eu que pergunto’. Joe rebateu: ‘vibração máxima! Recurso zero!!!’. Na sequência, Cid perguntou: ‘Qual a estimativa de gastos? Falei para deixar comigo… só uma estimativa de hotel. Alimentação. Material. 100 mil?’. O Major Rafael Martins de Oliveira disse: ‘Ok!! Em torno disso. Vou te mandar’. Mauro Cid está em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Na delação premiada fechada com a Justiça, o militar assumiu o compromisso de não omitir fatos. Por isso, a PF pediu a anulação do acordo.
Fonte: @ Jornal da Band