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Ex-ajudante de Jair Bolsonaro prestará depoimento à PF sobre Plano de execução e fraude em vacinas no Gabinete de gestão, suspeito de crime de organização em funções públicas
A Operação Contragolpe, uma ação policial de grande porte realizada pela Polícia Federal, foi desencadeada nesta terça-feira (19) com o objetivo de desarticular um plano de golpe de Estado. A investigação, que contou com a análise de dados apagados e recuperados de aparelhos eletrônicos de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do governo de Jair Bolsonaro, foi fundamental para a execução da operação.
Mauro Cid foi um dos alvos da Operação Contragolpe, que teve como base a análise de dados apagados e recuperados de seus aparelhos eletrônicos. A investigação, que também contou com a colaboração de outras autoridades, permitiu que a Polícia Federal reunisse evidências suficientes para deflagrar a operação e prevenir o golpe de Estado. A ação policial foi um sucesso e demonstrou a eficácia da Polícia Federal em combater ameaças à democracia. Além disso, a operação também destacou a importância da recuperação de dados apagados em investigações criminais.
A Investigação e a Operação
Segundo fontes da investigação, um dos presos, o general da reserva Mário Fernandes, chegou a trocar mensagens diretamente com Cid sobre os planos de execução do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e do vice Geraldo Alckmin após as eleições de 2022. Fernandes atuou no gabinete do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) – que foi eleito em 2022, após ocupar o cargo de ministro da Saúde no governo de Jair Bolsonaro. O militar foi demitido pelo partido em março de 2024, depois que começou a ser investigado no inquérito. Anteriormente, trabalhou também como o número 2 da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro.
A Operação e o Inquérito
A Operação Contragolpe, deflagrada para desarticular uma organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito e restringir o livre exercício do Poder Judiciário, resultou na prisão de Mário Fernandes, o tenente coronel Hélio Lima, o major Rodrigo Azevedo, o major Rafael Martins e o policial federal Wladimir Soares. Eles são suspeitos de terem planejado atentados contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes após as eleições de 2022.
A Ação Policial e a Investigação
As investigações apontam que a organização se utilizou de ‘elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022’. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE). Entre essas ações, foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio de Lula e Alckmin. Ainda estavam nos planos a prisão e execução de Moraes, que vinha sendo monitorado continuamente.
O Plano de Execução e o Gabinete de Gestão
‘O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um ‘Gabinete Institucional de Gestão de Crise’, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações’, explica a PF. Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, e a Operação Contragolpe foi deflagrada para desarticular uma organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado.
Fonte: @ Bora Brasil