Execuções ousadas do PCC ocorrem a qualquer hora e lugar com armamento de grosso calibre.
No Brasil, as execuções do PCC são frequentemente associadas a ações violentas e ousadas. Além do caso de Gritzbach, há um histórico de crimes semelhantes cometidos pela organização criminosa.
Esse histórico inclui, por exemplo, a morte de juízes, policiais e até aliados. As mortes e assassinatos atribuídos ao PCC são frequentemente caracterizados por sua crueldade e objetivam intimidar e eliminar adversários ou traidores. Esses homicídios e crimes são uma marca registrada da organização e demonstram sua capacidade de cometer delitos graves e impunes. Ações ousadas como essas são comuns nas execuções do PCC e refletem a natureza violenta e implacável da organização.
Execuções do PCC: Uma História de Crimes e Delitos
São tiros de grosso calibre, a qualquer hora ou lugar. Os executores, quase sempre, não conhecem nem tiveram contato com os mandantes. O último ataque nos moldes da máfia aconteceu no maior aeroporto do país, em Guarulhos na Grande São Paulo, num horário de intenso movimento e em meio às centenas de pessoas que voltavam de viagem. Naquela ocasião, no dia 8 de novembro, Vinícius Gritzbach, delator do PCC, foi executado com trinta tiros de fuzil. A vítima entregou ao Ministério Público de São Paulo um dossiê sobre como funciona a maior facção criminosa do continente.
Essas execuções, a mando do PCC, acontecem há décadas. Em 2003, o juiz Antônio José Machado Dias, alocado em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, foi assassinado quando saía do fórum. Conhecido como ‘Machadinho’, o juiz foi executado com tiros de pistola. Os primeiros acertaram a cabeça. O juiz foi assassinado a mando da liderança do PCC, porque era esse magistrado que cuidava dos processos que envolviam integrantes da máfia das drogas na região onde estavam presos os líderes da organização criminosa, como Marcos Camacho, o ‘Marcola’. Cinco criminosos foram presos e condenados. A morte de Machadinho foi o primeiro ataque do crime organizado ao Judiciário.
Três anos mais tarde, às vésperas do Dia das Mães, o PCC decretou o ‘salve geral’. Das cadeias paulistas, veio o recado para os integrantes da facção em liberdade. A ordem era atacar agentes de segurança. O salve foi uma retaliação do crime organizado à determinação das autoridades de proibir as visitas de parentes as vésperas do Dias das Mães, na penitenciaria de Presidente Wenceslau, onde estavam as maiores lideranças da facção. Em resposta, 80 presídios registraram rebeliões. Ao todo, 59 policiais e agentes penitenciários foram mortos. Mais de quinhentos suspeitos, muitos com passagens criminais, foram executados por forças de segurança.
Em 2018, dois líderes do PCC foram executados no Ceará. Rogerio Jeremias de Simone, o ‘Gegê do Mangue’, e Fabiano Alves de Souza, o ‘Paca’, foram levados de helicóptero até uma reserva indígena. Lá, foram mortos a tiros. Eles foram acusados, pela liderança da facção, de desviarem dinheiro arrecadado com o tráfico internacional de drogas. As mortes geraram uma guerra interna na organização criminosa. As execuções teriam sido encomendadas por Gilberto Aparecido dos Santos, o ‘Fuminho’, traficante ligado a Marcola. Uma semana depois, veio a vingança pelas mortes de Gegê e Paca. Apontado como um dos mandantes do crime, Wagner Ferreira da Silva, o ‘Cabelo Duro’, um traficante com negócios no Porto de Santos, foi fuzilado na frente de um hotel, na região do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. Há suspeita de queima de arquivo para a vítima não delatar esquemas do PCC.
Em 2021, as mortes de Anselmo Becheli Santa Fausta, o ‘Cara Preta’, e do motorista dele, Antonio Corona Neto, o ‘Sem Sangue’, abriu uma nova guerra dentro do PCC. Os dois também foram executados com tiros de fuzil. O ‘Cara Preta’ era um dos líderes da facção e estava sendo investigado por crimes de tráfico de drogas e homicídios. As execuções do PCC são uma demonstração da violência e do poder da organização criminosa, que não hesita em matar para manter o controle e a disciplina dentro da facção.
Fonte: @ Brasil Urgente