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Compradores de perfis falsos são frequentemente motoristas banidos ou criminosos que usam contas para cometer roubos, utilizando tecnologia para driblar sistemas de reconhecimento facial, muitas vezes com a ajuda de amigos de passageiros.
Os criminosos aproveitam a vulnerabilidade de motoristas que desejam trabalhar com aplicativos de transporte, mas não conseguem criar perfis devido a restrições, como a falta de documentação ou a presença de infrações no prontuário. Com a promessa de uma solução fácil e rápida, os golpistas oferecem perfis falsos para esses motoristas, que são atraídos pela possibilidade de começar a trabalhar imediatamente. Esses perfis falsos podem ser vendidos por até R$ 600, o que é uma quantia significativa para muitos motoristas que buscam uma oportunidade de emprego.
No entanto, é importante notar que a utilização de perfis falsos pode ter consequências graves, incluindo a perda de acesso ao aplicativo e até mesmo ações legais. Além disso, a criação e venda de identidades falsas e contas falsas é uma prática ilegal que pode ser associada a fraudes de identidade. Os motoristas devem estar cientes desses riscos e buscar soluções legítimas para criar seus perfis de motorista. A honestidade é a melhor política quando se trata de criar perfis de motorista, e os motoristas devem priorizar a segurança e a legalidade em suas ações. Verificar a autenticidade dos perfis antes de comprá-los ou utilizá-los é fundamental para evitar problemas legais e financeiros.
Identidades Falsas no Mercado de Perfil
O Ministério Público de São Paulo recentemente deu início a uma investigação para avaliar a eficácia dos mecanismos de segurança utilizados pelas plataformas para verificar a autenticidade dos motoristas cadastrados. Com apenas algumas buscas nas redes sociais, é possível encontrar uma ampla variedade de fraudes relacionadas a perfis falsos.
A Band descobriu que esses perfis falsos são negociados por valores que variam de R$ 100 a R$ 600, e alguns criminosos oferecem garantias, suporte, e até mesmo tecnologia para driblar o sistema de reconhecimento facial. A principal clientela dessas fraudes são motoristas banidos dos aplicativos devido ao descumprimento de regras ou após denúncias de passageiros. Além disso, criminosos também estão interessados nesses perfis para cometerem crimes, como roubos, utilizando contas falsas. Em setembro e outubro, no Aeroporto de Guarulhos, criminosos usaram essas contas para cometer crimes e foram presos.
Ao burlar os filtros de segurança, esses criminosos criam um grande desafio para os passageiros, que precisam identificar as fraudes apenas com base nas informações disponíveis ao solicitar uma corrida.
Procuradas, as empresas Uber e 99 não responderam diretamente às perguntas e se manifestaram por meio da associação que as representa. Em nota, a Amobitec afirma que a venda de perfis é proibida e que, além dos dispositivos de segurança, solicita periodicamente a confirmação da biometria facial para confirmar a identidade dos motoristas.
A venda de perfis falsos é um problema grave que envolve identidades falsas, contas falsas e fraudes de identidade. É crucial que as plataformas tomem medidas mais eficazes para prevenir essas práticas e proteger seus usuários.
Fonte: @ Jornal da Band