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Novos áudios revelam conversas de militares que, segundo a PF, preparavam a tentativa de golpe após a eleição de 2022, envolvendo a procuradoria geral, segurança federal, estado e justiça.
O ministro Alexandre de Moraes irá decidir, nesta terça-feira (26), se deve encaminhar para a Procuradoria-Geral da República o inquérito sobre uma tentativa de golpe de estado, apontada em informações da investigação, e um plano para matar autoridades, sendo este o principal foco da investigação.
As investigações apontam que o objetivo do golpe era impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e, para isso, os envolvidos planejavam um atentado contra autoridades, o que reforça a ideia de que havia um plano para matar. Tentativa de golpe e plano para matar são crimes graves que precisam ser apurados com rigor.
Investigação aponta para tentativa de golpe e plano para matar autoridades
A investigação da Polícia Federal revelou que 37 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, por envolvimento em uma tentativa de golpe e plano para matar autoridades após a eleição de 2022. Áudios recuperados mostram conversas de militares que planejavam impedir a posse de Lula e Alckmin.
Em um dos áudios, um militar afirma que o presidente deveria fazer uma reunião ‘petit comitê’ com o comando do exército, excluindo pessoas ‘acima da linha da ética’. Outro áudio revela que o general Mario Fernandes conversou com o então presidente Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de ações até 31 de dezembro.
Bolsonaro divulgou um vídeo se defendendo das acusações, afirmando que ‘jogou limpo’ em um país com muita coisa escondida. No entanto, a PF afirma que o plano para matar autoridades foi impresso no Palácio do Planalto e levado para o Palácio da Alvorada.
A reunião que definiu a logística do golpe ocorreu no dia 12 de dezembro de 2022, na casa do general Braga Netto. Outro áudio mostra o coronel Roberto Raimundo Criscuoli pressionando o general Mario Fernandes a agir, afirmando que ‘democrata é o cacete’ e que não se pode esperar mais.
Os áudios também revelam que o tenente coronel Mauro Cid sugeriu uma data para o golpe, afirmando que o presidente deveria agir antes do dia 12. A PF ainda não conseguiu identificar três militares que participaram do grupo que discutia o golpe.
Investigação continua
A investigação continua em andamento, com a PF buscando identificar todos os envolvidos no plano para matar autoridades e impedir a posse de Lula e Alckmin. A procuradoria geral e a segurança federal também estão envolvidas na investigação.
O caso é considerado um dos mais graves de tentativa de golpe e plano para matar autoridades na história do Brasil. A investigação busca esclarecer os detalhes do plano e responsabilizar todos os envolvidos.
Fonte: @ Jornal da Band