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Em 20 anos, a ciência criou medicamentos eficazes contra a obesidade, mas um estilo de vida saudável é fundamental no processo de emagrecimento.
A obesidade é um problema de saúde pública que afeta mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, e no Brasil não é diferente. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é uma das principais causas de morte evitável no mundo, e é responsável por cerca de 3,4 milhões de mortes por ano. A obesidade é um fator de risco para diversas doenças, incluindo doenças do coração, diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer.
No entanto, nos últimos anos, os medicamentos e técnicas para tratar a obesidade evoluíram e ficaram mais seguros. A perda de peso pode ser alcançada com o tratamento adequado, e isso pode melhorar significativamente a qualidade de vida das pessoas afetadas pela obesidade. Além disso, a conscientização sobre a importância de uma alimentação saudável e da prática regular de exercícios físicos também contribui para a prevenção e tratamento da obesidade. Carolina Jimenez, bióloga e farmacêutica, é um exemplo de como a obesidade pode ser superada com o tratamento adequado e a mudança de hábitos. Desde a adolescência, Carolina sempre esteve acima do peso ideal, mas com a ajuda de profissionais de saúde e a adoção de uma rotina de exercícios e alimentação saudável, ela conseguiu perder peso e melhorar sua saúde. A luta contra a obesidade é um desafio, mas com a ajuda certa, é possível vencê-lo.</p
A luta contra a obesidade
Ela só procurou o médico pela primeira vez aos 20 anos. Depois de mais de duas décadas, a briga com a balança continua. Após um ano de processo de emagrecimento e uso de medicamentos, Carolina continua tentando perder peso. ‘Eu acho que é contínuo, que eu nunca vou me livrar disso’, contou Carolina, que já chegou a pesar 115 kg. Atualmente, Carolina está com 81 kg. Se perder mais dois, cai para o nível de sobrepeso, uma conquista para quem já teve obesidade de grau 3.
A busca por soluções
Trata-se daquele em que a pessoa tem falta de ar e dificuldade para caminhar, com riscos de desenvolver diabetes, hipertensão e doenças do coração. ‘Eu tomei anfetamina, na época que era legalizado pela Anvisa. Eu tomei vários outros medicamentos. Qualquer medicamento que era novo no mercado, eu ia atrás e tomava para poder tentar emagrecer’, relatou a bióloga.
A obesidade no mundo
A obesidade afeta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo todo (14% dos homens e 18% das mulheres). No Brasil, 55% dos brasileiros estão acima do peso. Mais de 30% apresentam obesidade. A obesidade é uma doença crônica e, em muitos casos, progressiva. Ela se tornou uma questão de saúde pública. Por isso, nos últimos 20 anos, a ciência tem trabalhado para criar medicamentos cada vez mais eficazes.
Novas opções de tratamento
‘A semaglutida foi a primeira, mas não foi a única. Então, têm novos remédios chegando. O mais próximo é tirzepatida, mas existem outros com potências que passam dos 25% de média de perda de peso, com muita gente conseguindo perder mais que 30%. Aí, sim, muito semelhante a uma cirurgia bariátrica’, disse o endocrinologista Bruno Halpern, presidente da Associação Brasileira da Obesidade e Síndrome Metabólica.
Estilo de vida saudável e medicamentos
A obesidade é uma doença que requer tratamentos eficazes e de longo prazo. Como muitos outros, Carolina não conseguiu perder peso só com a mudança de estilo de vida, mas ela sabe que mudar os hábitos é fundamental também para o sucesso dos medicamentos. ‘Eu preciso da dieta. Eu preciso tomar cuidado com o que eu estou comendo. Eu preciso continuar fazendo os exercícios. Eu acho que o remédio, sozinho, talvez, não fosse 100% eficaz, mas ele me ajudou muito a começar a ter a força e a confiança para continuar. Então, eu não desisti’, reforçou Carolina.
Fonte: @ Jornal da Band