Tensões e reviravoltas marcaram a campanha, com a desistência de Joe Biden e atentado contra o republicano.
No dia 6 de novembro, as projeções apontaram que Trump derrotou de maneira decisiva sua rival democrata Kamala Harris, ao superar a marca de 270 votos no Colégio Eleitoral do país. Com isso, o bilionário Trump foi eleito novamente presidente dos Estados Unidos.
O resultado também encerrou um ciclo de campanha marcado por tensões e reviravoltas, incluindo a desistência da candidatura do atual presidente Joe Biden e duas tentativas de assassinato contra o republicano. O ex-presidente enfrentou vários desafios durante a campanha, mas conseguiu superá-los e conquistar a vitória. O bilionário também recebeu o apoio de Elon Musk, o que foi um fator importante para sua campanha.
Trump: O Bilionário que Desafiou as Probabilidades
Uma série de desafiadores se apresentou, na esperança de que os problemas na Justiça de Trump e o desgaste sofrido pelo republicano nos seus anos fora da Casa Branca abrissem caminho para alternativas. No entanto, Trump manteve o favoritismo durante toda a disputa. Em março, ele assegurou a indicação.
A eleição se desenhava como uma repetição do duelo entre o republicano e o democrata Joe Biden. Em abril, foi a vez de Trump passar a enfrentar um julgamento que envolvia 34 acusações relacionadas ao pagamento de suborno para uma ex-atriz pornô em 2016. Seria o primeiro julgamento criminal da história da Justiça americana contra um ex-presidente.
Em maio, ele foi condenado – outra marca histórica para um ex-presidente. Apesar da condenação, Trump disse que não pretendia desistir da candidatura.
Debate contra Biden: O Gatilho para a Substituição
No fim de junho, Trump enfrentou Biden no primeiro debate televisivo da campanha. O encontro se revelou um pesadelo para os democratas, fazendo emergir temores relacionados à idade do presidente (81 anos). Biden pareceu confuso, vacilante, cansado e incoerente.
‘Eu realmente não entendi o que ele disse no final da frase, e acho que ele também não sabe o que ele disse’, disse Trump no debate, depois que o democrata proferiu uma resposta confusa sobre o tema da imigração. Trump, no entanto, evitou explorar demasiadamente o desempenho de Biden no embate, deixando que as imagens falassem por si.
Com o pânico instalado no Partido Democrata, membros da legenda começaram a pressionar o presidente para que ele abandonasse a corrida e abrisse caminho para um substituto. Biden ainda se agarrou à candidatura por pouco mais de três semanas, mas em julho anunciou que estava se retirando da disputa.
Biden acabaria endossando sua vice-presidente, Kamala Harris, para sucedê-lo na disputa.
Tentativa de Assassinato e Foto Icônica
No momento mais dramático de toda a campanha, em julho, Trump sobreviveu a uma tentativa de assassinato durante um comício na cidade de Butler, no estado da Pensilvânia. O republicano sofreu ferimentos na orelha direita, após ser alvejado por um homem armado com fuzil de assalto que estava em um telhado a poucas centenas de metros.
O atirador acabou sendo morto por forças de segurança. Rapidamente, membros do Serviço Secreto se jogaram em cima de Trump para protegê-lo. Enquanto era retirado do local, Trump ergueu o punho para cima, num gesto desafiador, e murmurou a palavra ‘lutem!’, provocando um coro de gritos de ‘USA! USA!’ na multidão de apoiadores.
Uma fotografia que capturou o momento rapidamente se tornou uma das imagens mais marcantes da campanha. Cerca de três meses depois, agentes do Serviço Secreto impediram que um segundo atirador emboscasse Trump enquanto o republicano jogava golfe na Flórida.
O Apoio de Elon Musk
O bilionário Elon Musk nunca escondeu seu alinhamento ideológico com Trump, mas nesta campanha declarou abertamente seu apoio à eleição do republicano, na esteira da tentativa de assassinato. Musk twittou: ‘Trump é um homem de visão e coragem. Eu o apoio integralmente em sua candidatura à presidência’.
Fonte: @ Band UOL