Governo Trump foi marcado por protecionismo, taxação de produtos e ameaça de banir aplicativos como o Tik Tok, tendo como base a política America First, guerra comercial e controle de cadeias de produção, tecnologia e indústria.
A tensão entre os Estados Unidos e a China continua a aumentar, e muitos especialistas estão prevendo uma nova guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. O presidente americano, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, têm tido uma relação tensa desde o início de seus mandatos, e as disputas comerciais têm sido um dos principais pontos de conflito entre eles.
A guerra comercial entre os EUA e a China já causou grandes prejuízos para ambas as economias, e uma nova rodada de tensões comerciais poderia ter consequências ainda mais graves. Além disso, a disputa comercial entre os dois países também tem afetado outras nações, que têm sido forçadas a tomar sides ou sofrer com as consequências da tensão comercial. O mundo inteiro está assistindo ao conflito comercial entre os EUA e a China, e muitos estão preocupados com as possíveis consequências de uma nova escalada de tensões.
A Guerra Comercial: Relembre a Disputa no Primeiro Mandato de Trump
Com a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, a preocupação com uma nova guerra comercial com a China cresceu. O primeiro mandato do empresário foi marcado por forte protecionismo da indústria norte-americana, taxação de produtos vindos da China e até a ameaça de banimento do Tik Tok no país.
A tensão entre os países é conhecida desde o século XX, na época da Guerra Fria. Desde a década de 1990, empresas norte-americanas decidiram centralizar as produções na China, devido ao baixo custo de produção, legislação flexível e leis trabalhistas mais brandas.
Segundo o pesquisador do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da FGV, Leonardo Paz, essa questão é pauta principalmente em estados decisivos nas eleições, que perderam indústrias para o país. ‘Os estados ao norte, que cresceram em torno de indústrias e que agora sofrem com desemprego e má economia são os que mais sentiram com a exportação de indústrias na China’, aponta.
Conflito Comercial e Política ‘America First’
Dentre os outros motivos que levaram ao conflito em 2018, o professor de Relações Internacionais, Sidney Ferreira Leite, destaca o déficit comercial entre os países e as acusações de Trump. ‘Donald Trump entendia que o déficit era resultado de práticas injustas levadas pelo governo chinês. O presidente também acusou a China de promover o roubo de propriedade intelectual, além da transferência forçada de tecnologia’, pontua.
A política ‘America First’ de Donald Trump chegou a prometer taxar em 45% os produtos chineses, mas conseguiu implementar sobretaxas de 25%. O foco no primeiro mandato de Trump era fortalecer a indústria americana em detrimento de produtos importados, principalmente os chineses. Leonardo Paz comenta que Trump também fez uma série de incentivos para indústrias voltarem aos Estados Unidos e também acusou a China de dumping, prática de violação de competição no mercado.
Tensão Comercial e Retaliação
A China, em retaliação, chegou a desvalorizar a própria moeda para baratear produtos e até taxação de 20% a 25% sobre US$ 60 bilhões em produtos norte-americanos. Quase seis anos depois, a guerra comercial se resume a tentativas de acordos, para tentar equilibrar compras e vendas entre os países.
Após a declaração de vitória de Donald Trump, o presidente Xi Jinping parabenizou o candidato vitorioso e reiterou que os dois países só têm a perder com o confronto comercial. ‘Os países têm a ganhar com cooperação. Um confronto comercial não é uma solução para nenhum dos dois lados’, disse.
Fonte: @ Band UOL