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País do Golfo Pérsico desiste de mediar conflito em troca de cessar-fogo entre Hamas e Israel, atendendo a pedido da Casa Branca.
Em um movimento surpreendente, o Catar anunciou que está abandonando seu papel de mediador nas negociações de um cessar-fogo na Faixa de Gaza e ameaça expulsar o Hamas do país. A decisão foi tomada após o escritório do grupo fundamentalista palestino em Doha ser considerado “sem serventia” devido à falta de progressos nas negociações. Essa medida pode ter implicações significativas para o futuro das relações entre o Catar, o Hamas e Israel.
De acordo com fontes, a decisão do Catar foi influenciada por um pedido do governo dos Estados Unidos. Embora a pressão tenha partido do governo do democrata Joe Biden, a decisão foi anunciada poucos dias após a vitória do republicano Donald Trump nas eleições à Casa Branca. O Catar comunicou sua decisão a Israel, ao Hamas e ao governo americano, deixando claro que está disposto a retomar as conversas quando os dois lados do conflito “demonstrarem vontade sincera de voltar à mesa de negociações”. O Catar abriga líderes do Hamas desde 2012 e tem desempenhado um papel importante nas negociações de paz na região. No entanto, a falta de progressos nas negociações e a recusa em chegar a um acordo de boa-fé levaram o Catar a reconsiderar seu papel como mediador. A situação na Faixa de Gaza permanece tensa, e a comunidade internacional aguarda com expectativa o próximo passo nas negociações de paz.
Entenda o contexto da crise no Oriente Médio
A situação no Oriente Médio permanece tensa, com o Hamas ainda mantendo cerca de 100 reféns em sua custódia na Faixa de Gaza. Enquanto isso, o grupo palestino afirma que o número de mortos no lado palestino ultrapassa 43 mil. Em meio a essa crise, o papel do Catar se torna cada vez mais relevante. O país do Golfo abriga líderes políticos do Hamas desde 2012, quando o grupo rompeu relações com o regime sírio.
O Catar e sua relação com o Hamas
A aproximação do Catar com o Hamas foi apoiada pelos Estados Unidos na época, com a esperança de que isso pudesse abrir um canal de comunicação útil com o grupo palestino. No entanto, a situação agora se complica, com a possibilidade de membros do Hamas serem expulsos do Catar. Não está claro quando ou para onde eles irão, mas líderes do grupo palestino, considerado uma organização terrorista por muitos países ocidentais, estariam se preparando para essa eventualidade há meses. A Turquia e o Irã são mencionados como possíveis refúgios.
Fonte: @ Band UOL