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Premiê israelense confirma ação que afetou o Hezbollah, descrevendo-a como operação ousada que usou explosivos e intensificou conflito na região.
O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, admitiu pela primeira vez, no último domingo (10), que autorizou a operação com explosivos que atingiu fortemente o grupo Hezbollah em setembro. A confirmação veio em um momento de grande tensão na região.
Netanyahu, que é o primeiro-ministro de Israel, reconheceu sua participação na ação, que incluiu a detonação de pagers e walkie-talkies explosivos. Essa foi uma medida estratégica para neutralizar a ameaça do Hezbollah. A operação foi realizada em setembro e teve um impacto significativo no grupo. A decisão de Netanyahu reflete a determinação de Israel em proteger seus interesses e segurança nacional.
Netanyahu assume responsabilidade por explosões que afetou o Líbano
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou que seu país foi responsável pelas explosões que ocorreram no Líbano, resultando em 39 mortos e mais de 3,5 mil feridos. Netanyahu também se referiu à morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, como uma ação justificada, o que foi visto como uma crítica indireta ao ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, que havia sido demitido recentemente.
Essa foi a primeira confirmação oficial por parte de um membro do governo israelense de que o país esteve por trás da operação ousada que resultou nas explosões de centenas de explosivos que afetou o Líbano. A ação precedeu o início de operações terrestres israelenses no sul do Líbano, que expandiram o conflito na região, antes restrito a trocas de tiros entre soldados e membros do Hezbollah e lançamento de foguetes.
A operação foi realizada apesar da oposição de altos funcionários da classe militar e seus responsáveis nas fileiras políticas, segundo Netanyahu. O distanciamento entre Gallant e Netanyahu aumentou à medida que outra guerra travada por Israel se arrasta, na Faixa de Gaza. O conflito no enclave palestino está em andamento desde a ofensiva terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023.
O conflito no enclave palestino e a demissão de Gallant
Os dois homens tinham diferenças táticas, com Gallant criticando abertamente a insistência de Netanyahu em continuar a pressão militar sobre o Hamas. Em vez disso, ele favorecia um acordo diplomático que, segundo ele, poderia trazer de volta os reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas em Gaza. Netanyahu já havia tentado demitir Gallant antes, em março de 2023, quando o ministro criticou a controversa reforma do Judiciário promovida pelo premiê, mas a potencial saída provocou protestos de rua.
Netanyahu também flertou com a ideia de demitir Gallant durante o verão, mas adiou até o anúncio até a última terça-feira, quando os olhos do mundo estavam voltados para a eleição presidencial dos EUA. A demissão de Gallant foi vista como um sinal de que Netanyahu está disposto a tomar medidas mais drásticas para resolver o conflito no enclave palestino.
Fonte: @ Band UOL