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Crimes de guerra e contra a humanidade, limpeza étnica no campo de refugiados. Ajuda humanitária é necessária.
A onda de ataques contra civis deslocados no norte do Iêmen é um tema que preocupa as autoridades humanitárias. O ataque na área de Muwasi, um vasto acampamento, feriu a mãe e um dos irmãos, além de matar as duas crianças pequenas, segundo informações do Hospital Nasser, nas proximidades.
Esses ataques são resultado de uma guerra em curso, com ambos os lados recorrendo a bombardeios pesados. A ofensiva tem se intensificado, causando uma grande onda de refugiados. Ataques como esse são frequentes na região, trazendo medo e insegurança para a população. A situação humanitária é grave.
Ataques letais em Gaza
Um repórter da Associated Press testemunhou a cena de horror em que os corpos jaziam no chão. Em outro ataque, desta vez na cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, quatro homens perderam a vida, de acordo com os registros hospitalares. O exército israelense alega não ter conhecimento sobre esses ataques. O país afirma que a ofensiva está direcionada contra os terroristas do Hamas e que está tomando medidas para evitar danos aos civis. No entanto, os bombardeios continuam a ceifar vidas de mulheres e crianças.
Acusações de crimes de guerra
O ex-ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, acusou o governo de promover uma limpeza étnica no norte de Gaza. A ofensiva, que já dura semanas, isolou as cidades de Beit Hanoun e Beit Lahiya, além do campo de refugiados de Jabaliya, deixando-os sem acesso à ajuda humanitária. A ONU estima que 75 mil pessoas permanecem na região. Yaalon, que serviu como ministro da Defesa de Binyamin Netanyahu até renunciar em 2016, criticou duramente o primeiro-ministro. Ele afirmou que o governo de extrema-direita está determinado a ‘ocupar, anexar, e realizar uma limpeza étnica’ e que ‘crimes de guerra estão sendo cometidos’.
Consequências e investigações
O Likud, partido de Netanyahu, criticou as declarações anteriores de Yaalon, acusando-o de promover ‘afirmações falsas’ que são ‘um prêmio para o Tribunal Penal Internacional e o campo dos inimigos de Israel’. O TPI emitiu mandados de prisão contra Netanyahu, o ex-ministro da defesa Yoav Gallant, além do ex-comandante do Hamas Mohammed Deif, acusados de crimes contra a humanidade. Em paralelo, a Corte Internacional de Justiça investiga denúncia de genocídio contra Israel. O país rejeita as acusações. A guerra, desencadeada pelo ataque do Hamas, matou 44 mil palestinos, sendo mais da metade mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. Israel, por sua vez, afirma ter matado 17 mil terroristas, sem apresentar evidências.
Fonte: @ Band UOL