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Barnier utiliza mecanismo constitucional raro para aprovar parte do orçamento sem voto parlamentar, desencadeando crise política e ameaças de moções de censura.
Na França, o primeiro-ministro Michel Barnier enfrenta uma ameaça real de ser derrubado de seu cargo. Para isso, basta que a moção de censura apresentada por partidos de extrema-direita e esquerda seja aprovada. O resultado deve ser anunciado ainda nesta quarta-feira (4).
Apesar de o governo ter tomado medidas para tentar evitar essa possibilidade, a pressão exercida pelos partidos da oposição pode ser suficiente para derrubar o primeiro-ministro. Além disso, o premiê também enfrenta desafios internos dentro do seu próprio partido, o que pode enfraquecer sua posição. O governo francês está em uma encruzilhada e precisa tomar decisões rápidas para evitar uma crise política ainda maior.
A Crise Política na França
O primeiro-ministro francês, que ocupa o cargo por apenas dois meses, parece não ter chances de escapar da crise política que cerca o país. No centro da crise política, está o plano de austeridade do governo para reduzir o déficit fiscal, que atualmente se aproxima de 6% do PIB. A líder da extrema-direita, Marine Le Pen, do Reagrupamento Nacional, defende que a saída para a crise política seria a derrubada do presidente Emmanuel Macron. O premiê Barnier recorreu a um raro mecanismo constitucional para aprovar parte do orçamento sem o voto parlamentar, evitando uma derrota certa, mas abrindo caminho para as moções de censura. Sua proposta orçamentária inclui cortes de 40 bilhões de euros e aumentos de impostos. Se derrubado, Barnier se tornará o primeiro-ministro francês com o mandato mais curto desde a Segunda Guerra Mundial e o segundo a ser derrubado por moção de censura. A crise política na França pode impactar os mercados financeiros da zona do euro.
Fonte: @ Band UOL