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Seis partidos apresentaram moção de impeachment contra Yoon Suk Yeol após declaração de lei marcial, acusando violação da Constituição e ameaça à ordem constitucional.
No momento em que o presidente Yoon Suk Yeol decretou lei marcial na Coreia do Sul, a oposição não demorou a reagir, apresentando uma moção para iniciar o processo de impeachment contra o líder sul-coreano. Essa medida foi tomada na última quarta-feira (04/12), um dia após a declaração da lei marcial, que foi posteriormente revogada devido à pressão do Parlamento e aos protestos populares.
A principal força por trás dessa moção é o Partido Democrático (PD), que lidera a oposição, juntamente com mais cinco partidos. Essa ação marca o início de um processo parlamentar que pode resultar na destituição do presidente Yoon Suk Yeol, que atualmente governa com seu partido na minoria. O impeachment é uma medida extrema, mas a oposição acredita que é necessária para responsabilizar o presidente por suas ações. A situação política na Coreia do Sul está cada vez mais tensa, com o presidente Yoon Suk Yeol enfrentando crescente oposição.
Crise Política na Coreia do Sul
O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, enfrenta uma crise política após a declaração de lei marcial, que foi considerada uma clara violação da Constituição pelo Partido Democrático (PD). Em uma resolução, o PD destacou que o presidente não cumpriu nenhum dos requisitos necessários para acionar esse mecanismo.
A apresentação da moção de destituição foi anunciada na Assembleia Nacional pelos 192 deputados dos seis partidos, que afirmaram que querem votar a proposta nesta sexta-feira ou no sábado, dentro do prazo legal de 72 horas para a tramitação deste tipo de iniciativa. Para que a proposta seja aprovada, é necessário o apoio de pelo menos 200 dos 300 legisladores que compõem o Parlamento da Coreia do Sul.
O Partido do Poder Popular, do próprio Yoon, criticou a decisão de aplicar a lei marcial, com o líder do partido, Han Dong-hoon, prometendo trabalhar para ‘acabar com ela juntamente com o povo’. Alguns deputados do partido votaram a favor da revogação da lei marcial.
Greve e Protestos
A Confederação Coreana de Sindicatos (KCTU), maior entidade sindical da Coreia do Sul, prometeu iniciar uma greve até que o presidente renuncie ao cargo. ‘Estaremos unidos ao povo e lideraremos a luta pela renúncia imediata do presidente Yoon Suk Yeol’, disse um funcionário da KCTU durante uma entrevista coletiva.
Os sindicatos ligados a essa confederação decidirão individualmente quando iniciarão suas greves, e os da região metropolitana da capital, Seul, planejam se reunir na Praça Gwanghwamun pela manhã, para protestar contra o governo.
O que Aconteceu
Na terça-feira à noite, Yoon anunciou a imposição da lei marcial em um pronunciamento televisionado para ‘limpar’ o país de aliados da Coreia do Norte e proteger a ‘ordem constitucional‘ de atividades ‘antiestatais’, pelas quais ele acusa o oposicionista PD.
Ele justificou a medida acusando os oposicionistas de serem ‘forças pró-Coreia do Norte, sem vergonha, que estão saqueando a liberdade e a felicidade’ dos sul-coreanos. Poucas horas depois, o presidente suspendeu a lei marcial, depois de o Parlamento da Coreia do Sul, a Assembleia Nacional, ter revogado a decisão, numa sessão plenária extraordinária convocada quando milhares já protestavam nas ruas de Seul.
O anúncio sobre a lei marcial foi feito depois que o partido opositor, que tem maioria no Parlamento, aprovou, sem o apoio do Partido do Poder Popular (PPP) de Yoon, um orçamento geral para 2025 com vários cortes, além de moções para demitir o procurador-geral e o chefe do Conselho de Auditoria e Inspeção, que monitora as contas do governo.
Fonte: @ Band UOL