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Guerra comercial e competição comercial entre as duas maiores economias mundo afora. Estados Unidos e China vivem crises diplomáticas por causa da defesa de Taiwan, relações aliadas e políticas para distanciar. Conflito na Ucrânia reforça a possibilidade de conflito direto entre as nações.
Em meio ao contexto geopolítico atual, o presidente dos EUA, Donald Trump, tem adotado uma postura firme em relação à China, buscando redefinir as relações comerciais e de política externa entre os dois países.
Como parte dessa estratégia, Trump tem implementado políticas para reduzir a dependência dos EUA da China, fortalecendo assim sua posição na arena internacional. A política externa de Trump tem sido marcada por uma abordagem assertiva, com o objetivo de promover os interesses nacionais americanos. Essa postura tem gerado tanto apoio quanto críticas, refletindo a complexidade das relações entre as duas potências mundiais.
O Impacto de Trump na Política Externa dos EUA
A ascensão da China à segunda maior economia do mundo em 2008, a chegada de Xi Jinping ao poder em 2013 e a eleição de Trump em 2016 marcaram o início de uma distensão gradual nas relações entre os EUA e a China. A competição comercial e tecnológica entre os dois países, iniciada em 2018, durante o primeiro governo de Trump, continua sob o governo Biden. Além disso, crises diplomáticas, como a visita de autoridades dos EUA à Taiwan e acusações de espionagem, incluindo um balão chinês sobrevoando os EUA em 2023, têm afetado a relação.
Com o retorno de Trump, os canais de diálogo diplomáticos entre China e EUA, essenciais para evitar conflitos, devem diminuir ainda mais sob Rubio e Waltz. Rubio está proibido de entrar em Pequim após defender a retirada de empresas chinesas da bolsa de valores dos EUA e auxiliar na imposição de sanções contra Pequim. Waltz defendeu que os EUA deveriam trabalhar para pôr fim ao conflito na Ucrânia e no Oriente Médio para redirecionar recursos em defesa de Taiwan.
Desafios na Relação entre China e EUA
A analista sênior do Asia Society Policy Institute, Lyle Morris, afirma que uma das maiores dificuldades será a confiança dos chineses com os nomes escolhidos, especialmente Rubio. A diplomata americana Susan Thorton concorda que a relação entre os dois países deve piorar nos próximos anos, mas não necessariamente pelas nomeações. O principal motor disso seria Trump, que prefere negociações e pode querer aumentar a pressão sobre a China antes de se envolver com eles.
A defesa de Taiwan e os limites da China são pontos sensíveis na relação diplomática entre os EUA e a China. A ilha autônoma, reivindicada por Pequim, pode atrair os EUA para um conflito com os chineses devido a uma lei americana que obriga o país a fornecer equipamentos militares de defesa. A legislação dos EUA é ambígua para evitar ser arrastada para o conflito de forma automática, mas é o cenário mais provável de uma guerra direta. Pequim diz que quer reunificar a ilha de forma pacífica, mas não descarta o uso de força se necessário.
Fonte: @ Band UOL