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Guerra civil na Província de Idlib, controle em jogo, vitória para todos, desafio Hama, observadores de surpresa; 2024.
Em um vídeo distribuído por redes sociais, um homem identificado como Abu Bakr al-Baghdadi, líder do grupo extremista Estado Islâmico, proferiu uma ameaça explícita contra a Síria. “Povo de Homs, prepare-se”, disse ele no vídeo. “Povo de Damasco, povo de Dara’a, povo de Deir al-Zour, preparem-se também. Vocês são nossos alvos.”
A Síria, que já sofre com os efeitos de uma longa guerra civil, agora enfrenta a ameaça do Estado Islâmico. Os sírios, que há anos buscam estabilidade e paz, veem essa nova ameaça como um obstáculo a mais em seu caminho. É essencial que a comunidade internacional atue rapidamente para proteger a Síria e seu povo, evitando mais sofrimento. A situação é crítica e exige ação imediata. A Síria não pode ser abandonada em seu momento de maior necessidade.
Desenvolvimentos na Guerra Civil Síria
A guerra civil na Síria, que começou em 2011, sofreu um avanço significativo recentemente, com os rebeldes conquistando a cidade de Hama, uma das poucas grandes cidades que ainda não estavam sob seu controle. Esse avanço surpreendente mudou as linhas de frente do conflito pela primeira vez em vários anos, aumentando a imprevisibilidade de um conflito que devastou o país.
O desafio Hama era um ponto crucial na guerra civil, e sua queda para os rebeldes representa um grande desafio para o governo sírio, liderado pelo ditador Bashar Assad. Analistas atribuíram o avanço surpreendente ao desgaste da guerra e ao fato de os aliados do ditador sírio – Rússia, Irã e Hezbollah – estarem ocupados com suas próprias crises.
O Hezbollah, apoiado pelo Irã, está envolvido em uma guerra contra Israel, que matou muitos de seus líderes. A Rússia, que continua bombardeando os rebeldes na Síria, está com sua atenção voltada para a Ucrânia. Esses fatores contribuíram para a vitória dos rebeldes em Hama.
Os rebeldes por trás da ofensiva são uma combinação de forças lideradas pelo HTS, uma dissidência da Al-Qaeda, de quem o grupo garante ter se afastado, mas ainda é classificado como um grupo terrorista pelos EUA. Grupos apoiados pela Turquia também se juntaram à luta.
A vitória em Hama foi possível graças ao controle do HTS sobre a Província de Idlib, que faz fronteira com a Turquia, e que permitiu ao grupo cobrar taxas sobre o comércio e outros serviços, acumulando recursos para a ofensiva.
A queda de Hama foi confirmada pelo Exército de Assad, que tentou passar a impressão de que o conflito foi feroz. Os soldados sírios, de acordo com uma declaração oficial, teriam lutado por vários dias, matando vários rebeldes, mas se retiraram para evitar batalhas dentro da cidade que colocariam em risco os civis.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, grupo com sede em Londres, que faz monitoramento da guerra, disse que os rebeldes haviam tomado a sede do comando da polícia, uma base aérea e a prisão, de onde libertaram centenas de pessoas.
A vitória em Hama é um desafio para o governo sírio e seus aliados, e pode ter implicações significativas para o futuro da guerra civil na Síria.
Fonte: @ Band UOL