ouça este conteúdo
Bashir busca legitimidade internacional sob Ahmed al-Sharaa, enquanto grupos armados realizam ataques, violando direitos humanos.
A Síria busca uma nova legitimidade internacional. Para facilitar o reconhecimento externo do novo governo, ele tenta passar uma imagem de líder moderado.
Diante desse cenário, Ahmed al-Sharaa, líder da aliança rebelde que derrubou Assad, pediu que outros países entreguem ‘criminosos’ sírios envolvidos em tortura ou assassinato de presos políticos. O líder sírio assume um papel de liderança na região. As autoridades sírias pretendem estabelecer uma nova ordem.
A Síria Busca Legitimidade Internacional
O líder sírio, Bashir, busca legitimidade internacional para o novo governo, após a queda da ditadura de Bashar Assad. No entanto, a comunidade internacional está preocupada com os atos de violência que ocorreram após a queda do regime. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) alertou que grupos armados realizaram ataques retaliatórios contra civis em áreas que antes eram consideradas leais a Assad.
O OSDH não forneceu detalhes, mas relatos adicionais sobre grupos de pistoleiros se preparando para caçar ex-comandantes militares de Assad demonstram o desafio de manter a lei e a ordem em meio a um clamor popular por retaliação após décadas de repressão violenta, medo e pobreza. Além disso, o grupo Tahrir al-Sham (HTS), que liderou a revolta, tem uma conexão com o Estado Islâmico e a Al-Qaeda, o que é um obstáculo para o reconhecimento imediato do novo governo.
Garantia de Direitos e Reconstrução
Bashir afirmou que o novo governo garantirá os direitos de toda a população e de todas as religiões na Síria. Embora a Síria seja um país de maioria muçulmana sunita, tem significativas comunidades de cristãos, drusos e outras que aderem a diferentes linhas do Islã. A família de Assad e muitas das principais figuras do regime são alauitas, uma variante do xiismo.
Nesta quarta-feira, Bashir fez um apelo para que os sírios no exterior voltem para ‘reconstruir e fazer florescer’ o país. Cerca de 6 milhões, aproximadamente um quarto da população, fugiram da Síria desde 2011, quando as manifestações pró-democracia se transformaram em guerra civil, que matou mais de meio milhão de pessoas.
Financiamento e Ordem
No entanto, restabelecer a ordem requer financiamento, algo que o novo governo não possui, segundo Bashir. ‘Nossos cofres estão vazios’, disse o premiê, acrescentando que o país não tem reservas internacionais e o Tesouro só tem libras sírias, ‘que valem quase nada’.
Além disso, a França pediu que Israel retire suas tropas da zona desmilitarizada, que separa as Colinas do Golan, anexadas em 1967, do território sírio. O governo israelense argumenta que não deixará que armas químicas e mísseis balísticos caiam nas mãos de radicais islâmicos. Na terça-feira, a Força Aérea bombardeou mais de 400 alvos na Síria, destruiu toda a frota naval do país e eliminou 80% da capacidade militar.
Fonte: @ Band UOL