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Especialistas alertam que a saída americana pode fortalecer influência da China na OMS durante a transição do presidente.
Diante desse cenário, é crucial abordar a questão da Saúde como um todo, considerando suas várias facetas e implicações. A Saúde pública, em particular, vem sendo objeto de grande preocupação devido às possíveis consequências de uma retirada dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS), como aventado pelo presidente eleito Donald Trump.
Segundo especialistas como Lawrence Gostin, professor de Saúde global na Universidade de Georgetown, há planos para que os Estados Unidos se retirem da OMS no início do segundo mandato de Trump. Esse movimento pode ter impactos significativos no bem-estar global e na capacidade de resposta a pandemias. A Saúde é um direito fundamental, e qualquer decisão que afete a colaboração internacional nessa área deve ser cuidadosamente avaliada.
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Trump e a Saúde Pública: Um Novo Capítulo
O ex-coordenador da equipe de resposta à covid-19 de Biden, Ashish Jha, está entre os especialistas que expressaram preocupação com os planos de Trump. A equipe de transição de Trump não respondeu imediatamente aos questionamentos da agência de notícias Reuters. Em 2020, durante seu primeiro mandato, Trump chegou a suspender o pagamento de contribuições dos EUA para a OMS e anunciou que pretendia retirar o país da organização, em meio a embates sobre o enfrentamento da pandemia de covid-19. A comunidade internacional criticou duramente o país, destacando os danos na interrupção do financiamento para os esforços globais de combate à pandemia e para a qualidade da saúde pública nos EUA.
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Transição do Presidente e Saúde Global
O processo de saída ainda não havia sido concluído quando Trump foi derrotado nas urnas e sucedido pelo democrata Joe Biden, que reverteu a decisão em seu primeiro dia de governo, em 20 de janeiro de 2021. Agora, a expectativa é que o republicano entre novamente nesta queda de braço e volte a desvincular o país da OMS em 20 de janeiro de 2025. O plano, que está alinhado com as críticas de longa data de Trump à agência de saúde da ONU, representaria uma mudança dramática na política de saúde global dos EUA e isolaria ainda mais Washington dos esforços internacionais para combater pandemias. Trump critica a agência por não sancionar a China por sua suposta responsabilidade na disseminação do vírus da covid-19. Ele repetidamente chamou a OMS de ‘marionete de Pequim’ e prometeu redirecionar as contribuições dos EUA para iniciativas de saúde domésticas.
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Saúde e Bem-Estar: O Papel da OMS
O porta-voz da OMS se recusou a comentar diretamente a política americana. Em 10 de dezembro, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, defendeu que a OMS precisava dar aos EUA tempo e espaço para a transição. Ele também expressou confiança de que os países poderiam finalizar um acordo sobre pandemias até maio de 2025. Críticos alertam que uma retirada dos EUA poderia prejudicar a vigilância global de doenças e os sistemas de resposta a emergências. ‘Os EUA perderiam influência e poder na saúde global, e a China preencheria o vácuo. Não consigo imaginar um mundo sem uma OMS robusta. Mas a retirada dos EUA enfraqueceria severamente a agência’, disse Gostin.
Fonte: @ Band UOL