Preservação da vida de todos atestou a eficácia do Protocolo de Gerenciamento de Crises e a competência das forças de segurança pública de Sergipe, com ação conjunta do Grupo de Gestão de Crises, Companhia Independente de Operações e Centro de Operações Policiais.
Após uma longa e tensa negociação que durou mais de nove horas, Ronald da Silva Santos, de 34 anos, autor do cárcere privado em Nossa Senhora do Socorro, finalmente se entregou às autoridades policiais por volta das 0h40 desta quarta-feira, 9. A negociação foi crucial para evitar um desfecho trágico e garantir a segurança de todos os envolvidos.
A conversação entre os negociadores e o autor do cárcere privado foi fundamental para desarmar a situação e convencê-lo a se render. Durante a mediação, os policiais trabalharam incansavelmente para estabelecer um diálogo com Ronald, buscando entender suas demandas e encontrar uma solução pacífica. A negociação foi um processo delicado e exaustivo, mas no final, a paciência e a habilidade dos negociadores prevaleceram, garantindo um desfecho positivo para todos. A segurança foi a prioridade máxima.
Uma Situação de Crise Resolvida com Negociação
Uma ocorrência de crise com reféns foi registrada na tarde da terça-feira (08) no bairro Parque São José, envolvendo um homem que mantinha sua ex-companheira e os filhos sob ameaça de morte em uma residência. O criminoso, que havia se separado da vítima há cerca de quatro meses, ameaçava tirar a própria vida e a dos reféns. A suspeita era de que ele estivesse armado.
A situação foi conduzida pelo Grupo de Gestão de Crises e Conflitos (GGCC) da Polícia Militar, sob a direção da major Belisa Melo, com apoio de unidades especializadas, como a Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE), Centro de Operações Policias Especiais (Cope) da Polícia Civil, Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol) e o Corpo de Bombeiros. A equipe de negociação trabalhou intensamente para resolver a situação, utilizando técnicas de conversação e diálogo para estabelecer um vínculo de confiança com o autor.
A Importância da Negociação na Resolução da Crise
A major Belisa Melo explicou que a operação foi acionada inicialmente pelo 190, quando a cunhada da vítima relatou uma ocorrência de ameaça. Ao chegar ao local, a equipe do 5º Batalhão da Polícia Militar constatou que se tratava de um caso de crise com reféns e iniciou o acionamento dos protocolos de crise. A major detalhou que o teatro de operações foi cuidadosamente organizado, com isolamento da área e contenção de terceiros, possibilitando o trabalho da equipe de negociação e das unidades táticas.
Durante quase nove horas de verbalização, a equipe de negociação trabalhou para construir um vínculo de confiança com o autor, em meio a dificuldades técnicas como as constantes ligações que ele recebia de terceiros. O uso de intermediários foi crucial para atrair e manter a atenção do criminoso, o que contribuiu para a resolução pacífica da situação. A mediação foi fundamental para resolver a crise, permitindo que a equipe de negociação trabalhasse em conjunto com o autor para encontrar uma solução pacífica.
O Resultado Final da Operação
Segundo a major Belisa, a atuação integrada do time tático, incluindo o esquadrão antibomba e os atiradores de precisão, foi essencial para a segurança de todos os envolvidos. Ela destacou que o resultado final da operação foi alcançado graças à negociação contínua e ao treinamento especializado realizado recentemente pela Polícia Militar, que formou negociadores em crise e permitiu uma resposta técnica e coordenada. Belisa também destacou a importância da chegada da advogada do autor do crime, que auxiliou nas negociações finais.
A operação teve um desfecho positivo, preservando a vida de todos os envolvidos, demonstrando a eficácia do protocolo de gerenciamento de crises e a competência das forças de segurança pública de Sergipe. O autor do crime foi encaminhado ao Cope, onde foi feito o flagrante. Logo depois, ele foi conduzido para um Hospital em Aracaju.
Fonte: @ Sergipe Notícias