Povo Fulkaxó enfrenta batalha para ter escola em seu território, segundo deputada da Assembleia Legislativa, que envolve Secretaria de Estado, e povos Xokó e Kaxagó.
Nesta quarta-feira (23), durante a sessão na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), a deputada Linda Barsil (PSOL) destacou a importância de proteger os direitos dos povos indígenas. Ela ressaltou a existência de três comunidades indígenas no estado: o povo Xokó, localizado no município de Porto da Folha, e os povos Kaxagó e Fulkaxó, ambos situados no município de Pacatuba.
A deputada enfatizou a necessidade de garantir a preservação da cultura e do modo de vida dessas comunidades indígenas, que são fundamentais para a rica diversidade cultural do Brasil. Além disso, ela destacou que, como cidadão brasileiro, é essencial respeitar e proteger os direitos dos povos indígenas, assegurando que eles possam viver com dignidade e preservar suas tradições. A luta pela preservação da cultura indígena é uma luta pela preservação da identidade brasileira.
Os Povos Indígenas e o Direito à Existência
Os povos indígenas lutam arduamente para garantir sua existência, o que vai além de simplesmente estar vivo. Significa ter acesso aos mesmos direitos fundamentais que qualquer cidadão brasileiro, incluindo direito à terra, à moradia, à água potável, à saúde de qualidade e à educação. Após 18 anos de intensa luta, o povo Fulkaxó conseguiu recuperar parte de seu território tradicional, mas a luta dos Fulkaxó não se resume apenas à posse da terra. É crucial ter acesso a serviços básicos como água potável, energia elétrica, saúde e educação.
A Batalha pela Educação
Segundo a deputada, os Fulkaxó estão enfrentando uma dura batalha para ter uma escola em seu território. Em abril deste ano, houve uma reunião entre o Ministério Público Federal (MPF/SE), as lideranças dos Fulkaxó e a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) para discutir a implementação do ensino na reserva indígena. Na ocasião, representantes da secretaria pediram um prazo de 30 a 45 dias para dar retorno à comunidade, mas até agora nada foi feito ou apresentado para a comunidade. Questiona-se o motivo desse silêncio, considerando que a educação é um direito fundamental desse povo. Será que a escola indígena não é prioridade porque não gera lucro? Vamos acompanhar essa situação a partir da relação que construímos com o povo Fulkaxó nos últimos anos.
Fonte: @ Jornal da Cidade