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ABMCJ cobra investigação e punição por violência política de gênero, proteção do espaço de debate e igualdade de gênero contra discriminação, intimidação e agressões nas redes sociais.
A Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ) emitiu uma nota de repúdio nesta terça-feira, 19, em relação as declarações feitas durante o debate das eleições para a presidência da OAB/SE, realizado na noite de segunda-feira, 18, na Rede Fan de Comunicação.
A ABMCJ considera que as declarações feitas durante o debate foram ofensivas e discriminatórias contra as mulheres, especialmente as mulheres advogadas. A associação defende que tais declarações são inaceitáveis e vão de encontro aos princípios de igualdade e respeito que devem guiar o debate político e a sociedade em geral.
Violência Política de Gênero
A Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ) denunciou que as falas de alguns candidatos foram classificadas como violência política de gênero contra as candidatas à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Sergipe (OAB/SE). Daniel Alves Costa, atual presidente da OAB/SE e candidato à reeleição, fez um comentário durante o debate que repercutiu negativamente nas redes sociais. ‘O que se vê aqui, com exceção do candidato Eduardo Robert, é uma total ausência de propostas’, disse o candidato durante o debate. Este comentário foi interpretado pela ABMCJ como uma atitude desqualificadora das candidatas, que, segundo a associação, não deveria ter sido proferida em um espaço de debate democrático.
Igualdade de Gênero
Em resposta, a ABMCJ exigiu que as denúncias de violência política de gênero fossem investigadas e que os responsáveis fossem punidos. A associação também destacou a necessidade de combater a normalização desse tipo de violência e de promover um ambiente político mais seguro, inclusivo e igualitário. ‘É inadmissível que, em pleno século XXI, mulheres advogadas sergipanas enfrentem discriminação, intimidação e agressões por exercerem seu direito legítimo à participação política. Reiteramos que a diversidade e a inclusão são pilares fundamentais para uma democracia plena e saudável’, afirmou a ABMCJ em nota.
Fonte: @ Jornal da Cidade