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Nova sede do Núcleo de Acolhimento em Terapias Especializadas (Nate) foi entregue, oferecendo atendimento pelo Sistema Único de Saúde, com Protocolo Clínico e serviços do Centro Especializado em Reabilitação.
No Brasil, o Canabidiol tem sido um tema de grande interesse nos últimos anos, especialmente em relação ao seu uso terapêutico. Sergipe tem se destacado como um estado pioneiro na distribuição responsável e qualificada de produtos derivados de Cannabis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo o acesso a tratamentos inovadores para os pacientes.
Com o objetivo de ampliar o acesso ao Canabidiol, foram implementados dois protocolos clínicos nos últimos dez meses, permitindo que os pacientes tenham acesso a tratamentos mais eficazes e seguros. Além disso, a Cannabis tem sido estudada por suas propriedades medicinais, e o Canabidiol é um dos principais componentes responsáveis por esses efeitos benéficos. A pesquisa continua a avançar e novos estudos estão sendo realizados para entender melhor o potencial do Canabidiol no tratamento de diversas doenças.
Avanços na Saúde Pública com o Uso de Canabidiol
O governo estadual deu um importante passo na saúde pública com a entrega da nova sede do Núcleo de Acolhimento em Terapias Especializadas (Nate), localizada no Centro Especializado em Reabilitação José Leonel Aquino (CER IV). Essa nova sede já começou a atender pacientes que se enquadram no segundo protocolo da cannabis, que abrange o tratamento do comportamento agressivo no Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). O governador Fábio Mitidieri destacou o avanço significativo que a saúde pública vem desenvolvendo com a implementação do protocolo com medicamentos à base de Canabidiol, que também abrange epilepsia e dores crônicas.
O Nate tem como competência oferecer orientações técnicas para a condução terapêutica de tratamento à base de Canabidiol, e com o novo espaço no CER IV, o núcleo passa a contar com duas salas para atendimento médico e orientação nutricional especializada. O secretário de Estado da Saúde, Cláudio Mitidieri, explicou que a mudança do Nate do ambulatório de retorno do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) teve o intuito de proporcionar mais conforto aos pacientes.
Protocolos Clínicos e Acesso ao Tratamento
Existem dois protocolos clínicos para o tratamento com Canabidiol: o primeiro para pacientes com epilepsia refratária que se encaixam em doenças específicas como síndrome de Dravet, síndrome de Lennox–Gastaut (SLG) e Complexo Esclerose Tuberosa (CET); e o segundo para o comportamento agressivo no Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Em ambos os protocolos, o encaminhamento é feito pelo médico assistente especialista, utilizando-se também de uma ficha de encaminhamento padronizada, informando a falta de resposta aos medicamentos de primeira linha, os antipsicóticos. Não serão exigidos exames laboratoriais, apenas será cobrado o preenchimento de um questionário rápido que ajudará a avaliar a necessidade do tratamento.
A Cannabis e o Canabise são substâncias que têm sido estudadas por sua eficácia no tratamento de diversas condições, incluindo a epilepsia e o Transtorno do Espectro do Autismo. O Canabidiol é um dos principais componentes da Cannabis e tem sido utilizado como um tratamento alternativo para essas condições. O Sistema Único de Saúde (SUS) tem sido um importante aliado na implementação desses protocolos clínicos e no acesso ao tratamento para os pacientes que necessitam.
Depoimentos de Pacientes e Famílias
Pacientes e famílias que têm sido beneficiados pelo tratamento com Canabidiol compartilharam suas experiências e agradeceram pela implementação desses protocolos clínicos. A dona de casa Luciana Rodrigues é mãe de Anthony, 12 anos, diagnosticado com TEA e paralisia cerebral desde os dois anos de idade. Segundo ela, o comportamento do seu filho mudou após o uso do Canabidiol. ‘Melhorou muito a qualidade de vida dele, onde reduziu suas crises epilépticas e a agressividade. Estou muito feliz pelo serviço de acolhimento, pois é algo que nossos filhos que tem essa condição precisam’, disse.
Quem compartilha do sentimento de satisfação é Silvana de Lemos Moura. Ela é mãe da pequena Ester Heloise, de 8 anos, que tem autismo. ‘Estou muito feliz por esse momento que chegou tanto pra mim quanto para outras mães que necessitam desse medicamento tão importante para nossos filhos. Creio que o tratamento vai servir para melhorar a irritabilidade da minha filha’, contou Silvana.
Fonte: @ Jornal da Cidade