OMS parabeniza o país pelo avanço contra doenças negligenciadas, como doenças tropicais, na área de saúde pública, com medicamentos capazes.
A elefantíase, uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, foi erradicada do Brasil como problema de saúde pública. A filariose linfática, como também é conhecida, é uma das principais causas de incapacidade permanente ou de longo prazo em todo o planeta.
Após anos de esforços para controlar a propagação da doença, a região metropolitana do Recife, que incluía cidades como Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista, foi a última área a ser considerada livre da elefantíase. A eliminação da doença é um grande marco para a saúde pública brasileira e um exemplo de como a colaboração e o trabalho em equipe podem levar a resultados positivos. A luta contra a doença foi longa, mas a vitória é um grande passo para a saúde do país.
Eliminação da Filariose Linfática no Brasil
A filariose linfática, também conhecida como elefantíase, é uma doença tropical causada pelo verme nematoide Wuchereria Bancrofti, transmitida pela picada do mosquito Culex quiquefasciatus. De acordo com o Ministério da Saúde, o último caso confirmado no Brasil foi registrado em 2017. A doença pode causar edemas ou acúmulo anormal de líquido nos membros, nos seios e na bolsa escrotal, levando o paciente à incapacidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) parabenizou o Brasil pela eliminação da filariose linfática como problema de saúde pública. ‘Eliminar uma doença é uma conquista importante e que exige um compromisso inabalável’, avaliou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus. ‘Parabenizo o Brasil por seus esforços para libertar sua população do flagelo de uma doença dolorosa, desfigurante, incapacitante e estigmatizante, como a elefantíase.’
Progresso Contra as Doenças Tropicais Negligenciadas
O Brasil agora se une a outros 19 países e territórios que também foram certificados pela eliminação da filariose linfática como problema de saúde pública. A OMS destaca que o Brasil também se tornou o 53º país a eliminar pelo menos uma doença tropical negligenciada. A entidade também ressalta que a eliminação da filariose linfática é um exemplo do progresso que está sendo feito contra as doenças tropicais negligenciadas, como a elefantíase.
A OMS também destaca que, em 2023, 657 milhões de pessoas em 39 países e territórios viviam em áreas onde é recomendado tratamento em massa contra a filariose linfática. A estratégia consiste na administração de quimioterapia preventiva para interromper a infecção. A meta definida pela OMS é eliminar pelo menos 20 doenças tropicais negligenciadas até 2030.
Desafios e Perspectivas
A eliminação da filariose linfática no Brasil é um passo importante na luta contra as doenças tropicais negligenciadas, como a elefantíase. No entanto, ainda há muito trabalho a ser feito para erradicar essa doença em todo o mundo. A OMS continua a trabalhar em parceria com os países para implementar estratégias de controle e eliminação da filariose linfática, incluindo a administração de medicamentos capazes de interromper a transmissão da doença.
Fonte: @ Jornal da Cidade