Fiscalização no Hospital expõe condições deploráveis, revelando riscos a pacientes devido a problemas graves.
No último dia 22, o Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), o Conselho Regional de Medicina (CRM-SE) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) realizaram uma fiscalização no Hospital de Pequeno Porte Haydée de Carvalho Leite Santos, situado no município de Canindé de São Francisco, no Alto Sertão sergipano.
A fiscalização foi realizada com o objetivo de avaliar as condições de atendimento e infraestrutura da unidade de saúde. O Hospital é uma unidade de saúde importante para a região e precisa estar em conformidade com os padrões de qualidade. Durante a visita, os representantes do Sindimed, CRM-SE e CFM verificaram as instalações do hospital, incluindo os consultórios, enfermarias e equipamentos. A fiscalização é fundamental para garantir a qualidade do atendimento aos pacientes. Além disso, a equipe também conversou com os funcionários e médicos do hospital para entender melhor as necessidades e desafios enfrentados pela unidade de saúde.
Denúncias Levam a Inspeção no Hospital, Revelando Condições Precárias
Uma série de irregularidades e condições precárias foi descoberta em uma unidade de saúde após uma ação motivada por denúncias. A inspeção, coordenada por representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM) e do Sindicato dos Médicos (Sindimed), revelou problemas que colocam em risco a saúde de pacientes e a segurança dos profissionais de saúde.
A inspeção foi liderada pelo presidente do CRM-SE, Jilvan Pinto Monteiro, e do Sindimed, Helton Monteiro, com a participação de outros representantes. Ao chegarem ao Hospital, eles se depararam com um cenário alarmante, com diversas irregularidades que comprometem a saúde de pacientes e a segurança dos médicos.
O Hospital apresenta problemas de princípios básicos, como a ausência de um laboratório funcionando 24 horas. O laboratório é externo e realiza exames apenas de segunda a sexta-feira, durante o dia. Exames essenciais, como os de enzimas cardíacas, não são feitos na unidade, o que obriga os pacientes a serem transferidos para outros municípios, colocando em risco suas vidas.
A estrutura física da unidade está em ruínas, com paredes e tetos apresentando infiltrações e mofo, e equipamentos em estado degradante. A farmácia do Hospital também é deficitária, e os banheiros são insalubres e não oferecem condições mínimas de higiene.
Revelações da Inspeção
Essa inspeção é fundamental porque traz à tona uma realidade alarmante que não pode mais ser ignorada. Encontramos condições absolutamente precárias, que comprometem a integridade do trabalho médico e, pior ainda, colocam em risco a vida dos pacientes. Não se trata apenas de expor problemas, mas de cobrar soluções imediatas e pressionar para que os gestores cumpram sua responsabilidade.
A situação é lastimável. Encontramos locais sem oxigênio nas enfermarias, falta de material para forrar os leitos, e a ausência de leitos pediátricos, mesmo atendendo casos de pediatria, clínica médica e parto.
Outra denúncia preocupante diz respeito à ameaça da Secretaria Municipal de Saúde de reduzir o número de médicos em plantão. Atualmente, a unidade conta com dois médicos, mas há a possibilidade de que, a partir da próxima semana, apenas um médico fique responsável por atender cerca de 140 pacientes por dia.
Além das questões estruturais e de atendimento, a fiscalização também revelou problemas graves relacionados ao vínculo empregatício dos médicos que trabalham no Hospital. Muitos profissionais atuam sem contrato estável, o que compromete sua segurança e autonomia no exercício da medicina.
Consequências e Reivindicações
Os médicos estão sendo ameaçados de demissão, e o plantão, que já é caótico, pode se agravar ainda mais. É fundamental que os gestores tomem medidas imediatas para resolver esses problemas e garantir a segurança e a qualidade do atendimento aos pacientes.
A fiscalização no Hospital é um exemplo claro da importância da fiscalização e da transparência na gestão das unidades de saúde. É fundamental que os gestores sejam responsáveis por garantir a qualidade do atendimento e a segurança dos pacientes e profissionais de saúde.
As unidades de atendimento devem ser lugares seguros e dignos para os pacientes e profissionais de saúde. É fundamental que os gestores sejam responsáveis por garantir a qualidade do atendimento e a segurança dos pacientes e profissionais de saúde.
Fonte: @ Jornal da Cidade