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Unidades de saúde devem oferecer segurança dos profissionais, pois a violência em trabalho é insegurança para todos, sendo os médicos vítimas frequentes.
Em Sergipe, entre 2013 e 2024, foram registrados 310 boletins de ocorrência (BOs) que envolviam médicos que foram vítimas de violência em ambientes de trabalho. Esses casos incluem ameaças, injúrias, desacatos, lesões corporais e difamação dentro de unidades de saúde, hospitais, clínicas e outros espaços de atendimento.
É importante ressaltar que os médicos não são os únicos profissionais de saúde que enfrentam esse tipo de situação. Outros profissionais também são vítimas de violência no trabalho. A violência contra os médicos e outros profissionais de saúde é um problema grave que precisa ser enfrentado. É fundamental que sejam tomadas medidas para proteger esses profissionais e garantir um ambiente de trabalho seguro.
A Insegurança dos Médicos no Brasil
No cenário nacional, o Conselho Federal de Medicina (CFM) contabilizou mais de 38 mil BOs no mesmo período, revelando um quadro crítico e persistente de insegurança para os médicos. Os números refletem uma realidade cada vez mais preocupante, com um médico sendo vítima de violência a cada três horas no país, em média.
De acordo com os dados do CFM, o volume de incidentes tem crescido de forma alarmante, atingindo um recorde em 2023 com 3.981 casos – o que representa uma média de 11 registros por dia. O levantamento expôs também que 47% das vítimas de violência são médicas, trazendo uma dimensão ainda mais grave do problema para as profissionais de saúde. Em Sergipe, a situação não é diferente.
De acordo com Dr. Helton Monteiro, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), o cenário de violência tem se tornado insustentável. Ele destaca que o sindicato está fortemente preocupado com o bem-estar e a segurança dos médicos no exercício da profissão, diante de uma combinação de ameaças físicas e psicológicas que fragilizam a atuação profissional e impactam diretamente na qualidade dos serviços prestados à população.
‘A violência contra médicos é inadmissível. Esses profissionais, que já enfrentam péssimas condições de trabalho e falta de autonomia, ainda precisam conviver com ameaças e agressões em seus próprios ambientes de atuação’, declarou o presidente sindical. Além disso, continua o presidente, a pressão constante afeta a saúde mental dos médicos.
‘É alarmante que cerca de quatro em cada dez médicos estejam em risco de desenvolver transtornos mentais, como ansiedade, depressão e Burnout. Precisamos de políticas urgentes para garantir a segurança e condições dignas de trabalho aos profissionais que dedicam suas vidas à saúde da população’, observou.
O levantamento do CFM também revelou que 66% dos casos de violência ocorrem no interior dos estados, principalmente em hospitais e postos de saúde, onde o contato direto com pacientes e seus familiares é frequente. Para o Sindimed, o enfrentamento da violência contra médicos deve ser prioridade para gestores de saúde em todas as esferas de governo.
Conforme o presidente do Sindimed, ‘é urgente que se estabeleçam políticas de proteção que envolvam melhorias na segurança dos estabelecimentos de saúde e o cumprimento de protocolos de apoio aos profissionais agredidos‘. Além de promover a conscientização sobre o problema, o Sindimed está empenhado em fortalecer o apoio aos médicos de Sergipe, com medidas que incluem a orientação para o registro formal de queixas e a busca por melhorias nas condições de trabalho. A entidade também reforça a necessidade de apoio psicológico para os profissionais, muitos dos quais estão à beira do esgotamento mental.
Segurança dos Médicos em Unidades de Saúde
A violência contra médicos é um problema que afeta não apenas a saúde e o bem-estar desses profissionais, mas também a qualidade dos serviços prestados à população. É fundamental que sejam implementadas políticas de proteção para garantir a segurança dos médicos em unidades de saúde, bem como o cumprimento de protocolos de apoio aos profissionais agredidos.
Além disso, é importante promover a conscientização sobre o problema e fortalecer o apoio aos médicos, com medidas que incluem a orientação para o registro formal de queixas e a busca por melhorias nas condições de trabalho. A entidade também reforça a necessidade de apoio psicológico para os profissionais, muitos dos quais estão à beira do esgotamento mental.
Fonte: @ Jornal da Cidade