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A violência contra médicos em Sergipe preocupa. Entre 2013 e 2024, foram registrados 310 boletins de ocorrência. A insegurança entra na saúde mental, com condições precárias e faltam protocolos de apoio, causando transtornos mentais.
A violência contra médicos em Sergipe tem se tornado uma preocupação crescente, com 310 boletins de ocorrência registrados entre 2013 e 2024, segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed).
É preocupante observar que essa violência não se limita apenas a agressões físicas, mas também a ameaças e injúrias verbais. Além disso, os desacatos e lesões corporais são cada vez mais frequentes, afetando negativamente a saúde mental e física dos profissionais da saúde. A difamação também é uma forma de violência que pode ter consequências graves para a carreira e a reputação dos médicos.
Violência contra Médicos: Um Problema Grave
Os registros de violência contra médicos em Sergipe são alarmantes, refletindo uma realidade de insegurança diária enfrentada por esses profissionais em hospitais, clínicas e outras unidades de saúde. As ocorrências incluem ameaças, injúrias, desacatos, lesões corporais e difamações, que afetam não apenas a segurança física dos médicos, mas também sua saúde mental.
Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), mais de 38 mil casos de violência contra médicos foram contabilizados em todo o país entre 2020 e 2022, uma média de um incidente a cada três horas. Em 2023, o cenário atingiu um recorde com 3.981 ocorrências, o equivalente a 11 agressões diárias, agravando a preocupação entre as autoridades e entidades de classe.
O presidente do Sindimed/SE, Helton Monteiro, destaca que as agressões não apenas comprometem a segurança física dos médicos, mas também afetam sua saúde mental. ‘A violência contra médicos é inadmissível. Esses profissionais, que já enfrentam condições de trabalho precárias, ainda têm que lidar com ameaças e agressões’, afirmou.
Consequências da Violência contra Médicos
O Sindimed destaca que quase 40% dos médicos correm risco de desenvolver transtornos mentais, como ansiedade, depressão e burnout, devido à pressão constante e à insegurança no trabalho. O levantamento do CFM também apontou que 66% das ocorrências de violência ocorrem no interior dos estados, onde o contato direto com pacientes e familiares é frequente.
Diante desse cenário, o Sindimed está intensificando o apoio aos médicos de Sergipe, incentivando o registro de queixas e promovendo a conscientização sobre a importância de condições de trabalho seguras e dignas para a categoria. O presidente do Sindimed defende políticas urgentes para melhorar a segurança nos ambientes de saúde, incluindo o cumprimento de protocolos de apoio aos profissionais agredidos.
Fonte: @ InfoNet