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Em 2016, o país alcançou status de erradicação, mas em 2018, baixas coberturas vacinais permitiram a reintrodução do vírus.
Após cinco anos, o Brasil recebeu novamente a recertificação de país livre do sarampo. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) entregou o certificado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra Nísia Trindade. Em 2016, o Brasil já havia alcançado esse status, no entanto, em 2018, as baixas coberturas vacinais permitiram a reintrodução do vírus no país.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa que pode levar a complicações graves, especialmente em crianças. Além disso, a rubéola e a síndrome da rubéola congênita também são infecções virais que podem ter consequências graves para a saúde pública. A vacinação é a melhor forma de prevenir essas doenças e manter a população protegida. A imunização é fundamental para a saúde pública.
Sarampo: Conquista histórica para o Brasil e as Américas
O reconhecimento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) é um marco importante para o país e a região, que agora pode ser considerada livre de sarampo endêmico. Essa conquista é resultado do esforço conjunto de vários setores da sociedade, incluindo gestores, comunidade científica, vigilância em saúde e o parlamento.
Para o presidente Lula, a recertificação é um reflexo da força do sistema de vacinação brasileiro. ‘Esse diploma é resultado da força da retomada e da competência do sistema de vacinação brasileiro’, afirmou. Ele também destacou o investimento do Governo Federal em ações estratégicas para controlar o sarampo, como campanhas de vacinação nas fronteiras, em locais de difícil acesso, e a busca ativa de casos suspeitos.
Investimentos em saúde e vacinação
Em 2023, o Governo Federal investiu mais de R$724 milhões para manter a eliminação do sarampo e da rubéola, incluindo recursos para vigilância em saúde, laboratórios, imunobiológicos e capacitação de profissionais de saúde em todo o Brasil. O modelo de microplanejamento adotado pelo Ministério da Saúde visa adaptar as campanhas de vacinação às necessidades específicas de cada localidade, promovendo um acesso contínuo à vacina.
A ministra Nísia Trindade destacou o trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS) e a dedicação dos profissionais de saúde. ‘Esse é um momento importante para reforçar o papel do nosso Programa Nacional de Imunizações e de toda a competência técnica espalhada pelo Brasil’, completou a ministra, enfatizando que a conquista é uma vitória de todos os envolvidos no processo.
O desafio do sarampo
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente crianças e pode causar complicações graves, como diarreia intensa, infecções de ouvido, cegueira, pneumonia e encefalite. Algumas dessas complicações podem ser fatais. Como o sarampo continua a circular em outras regiões do mundo, o risco de reintrodução nas Américas persiste, especialmente em crianças que não estão totalmente vacinadas.
Jarbas Barbosa, diretor da Opas/OMS, ressaltou a importância do papel da ministra Nísia Trindade e do presidente Lula nessa conquista. ‘A combinação de capacidade técnica e liderança mostra como as coisas acontecem. É inspirador ver a retomada do programa de imunizações, com o presidente da República usando o broche do Zé Gotinha, vacinando-se publicamente e incentivando a população, o que faz uma enorme diferença e serve de exemplo para que outros líderes da região também assumam esse compromisso’, afirmou.
Eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita
As Américas também eliminaram a rubéola e a síndrome da rubéola congênita em 2015, uma conquista que os países da região têm mantido desde então. A recertificação do Certificado de País Livre de Sarampo é um reconhecimento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e um marco importante para o Brasil e a região.
Fonte: @ Jornal da Cidade