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Unidades de Terapia Intensiva Neonatal e importância do pré-natal completo para minimizar riscos da prematuridade e garantir o desenvolvimento neurocomportamental saudável sob acompanhamento médico.
No mês de novembro, uma cor se destaca em meio às demais: o roxo, cor que representa a luta incansável contra a prematuridade e a importância de um pré-natal rigoroso e minucioso, essencial para a saúde de mãe e filho.
A prematuridade, responsável por inúmeros nascimentos prematuros, traz consigo desafios que podem ser superados com a ajuda de um acompanhamento médico especializado e de cuidados intensivos. A conscientização sobre a importância do pré-natal é crucial para a prevenção do parto prematuro e, consequentemente, dos riscos associados aos bebês prematuros. Um nascimento antecipado pode trazer consequências irreversíveis para o bebê e sua família, tornando ainda mais necessário o apoio de profissionais qualificados e de tecnologia de ponta.
A Importância do Pré-Natal Completo para Prevenir a Prematuridade
No Brasil, aproximadamente 10% dos nascimentos ocorrem antes do tempo, representando um desafio tanto para a saúde dos bebês quanto para as famílias, que enfrentam a dor e o medo ao verem seus pequenos em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIs). Embora alguns casos de prematuridade sejam inevitáveis, a boa notícia é que muitas dessas situações podem ser prevenidas com o acompanhamento adequado durante a gestação. É este o foco da campanha Novembro Roxo: sensibilizar a sociedade sobre a importância do cuidado pré-natal e os riscos da prematuridade, uma das principais causas de mortalidade infantil no país.
Tipos de Prematuridade
Considera-se prematuro o bebê que nasce antes das 37 semanas de gestação. A prematuridade pode ser classificada em diferentes graus: prematuro tardio (nascido entre 34 e 36 semanas), prematuro moderado (nascido entre 32 e 33 semanas), prematuro muito extremo (nascido entre 28 e 31 semanas) e prematuro extremo (nascido antes das 28 semanas). Quanto menor a idade gestacional, maiores os riscos de complicações e de sobrevivência para o bebê.
A Prevenção é Poderosa
Para a pediatra e neonatologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Virgínia Lira, a prevenção é simples, mas poderosa: o pré-natal adequado. ‘Não basta fazer apenas algumas consultas. É preciso um acompanhamento constante e atento, com exames de rotina e monitoramento de possíveis complicações. Esse cuidado pode fazer toda a diferença para evitar um parto prematuro ou, caso ele seja necessário, para planejar as melhores intervenções’, explica a especialista.
O Poder do Acolhimento
A história de Jessica Viana Silva e de seu filho Christopher é ainda mais comovente. Ela estava grávida de 25 semanas quando seu bebê, prematuro extremo, nasceu com apenas 830 gramas. A gestação foi marcada por infecções recorrentes e hospitalizações prolongadas, mas o medo de perder o filho não a impediu de lutar por ele. ‘Eu não sabia o que esperar. Christopher era tão pequeno, tão frágil… Eu só chorava. Mas o apoio da equipe médica, do atendimento de enfermagem, me deu forças. Eles sempre tiravam minhas dúvidas, me acolhiam, e isso me ajudou a seguir em frente’, compartilha Jessica.
Desenvolvimento Neurocomportamental
Além disso, a prematuridade também pode afetar o desenvolvimento neurocomportamental dos bebês. É importante que os pais e cuidadores estejam atentos aos sinais de alerta e busquem ajuda profissional se necessário.
Conclusão
A prematuridade é um desafio que pode ser enfrentado com o acompanhamento adequado durante a gestação. É fundamental que as gestantes tenham acesso a um pré-natal completo e que os profissionais de saúde estejam preparados para lidar com as necessidades dos bebês prematuros. Com conscientização e cuidado, podemos reduzir os riscos da prematuridade e garantir um futuro saudável para nossos filhos.
Fonte: @ Sergipe Notícias