Taxa de alfabetização da população indígena brasileira está abaixo da média nacional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em terras indígenas com características de domicílios específicas.
A alfabetização é um direito fundamental para todos os cidadãos brasileiros, incluindo a população indígena. Aproximadamente 85% dos indígenas brasileiros sabem ler e escrever, o que representa um aumento significativo em relação a 2010, quando esse índice era de 76,6%. Esse avanço é um passo importante para a inclusão social e educacional dessas comunidades.
No entanto, é importante notar que a taxa de alfabetização entre os indígenas ainda está abaixo da média nacional, que é de 93%. Isso significa que ainda há um longo caminho a percorrer para garantir que todos os indígenas tenham acesso à educação de qualidade, que inclui a leitura e a escrita. A alfabetização é fundamental para o desenvolvimento pessoal e coletivo dessas comunidades, e é essencial que sejam tomadas medidas para reduzir essa lacuna. A leitura e a escrita são ferramentas essenciais para a participação cidadã e para o exercício dos direitos fundamentais.
Alfabetização entre a população indígena brasileira
De acordo com um suplemento do Censo 2022 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de alfabetização entre a população indígena brasileira é um desafio significativo. O levantamento revelou informações sobre alfabetização, registro de nascimento e características de domicílios de 1.694.836 pessoas indígenas, que representam 0,83% da população brasileira. Dessas, 622.844 vivem em terras indígenas (TIs) e 1.071.992 fora de território demarcado.
A autodeclaração foi o critério utilizado pelo IBGE para considerar uma pessoa indígena. A coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais, Marta Antunes, explica que ‘a gente tem duas perguntas para capturar o pertencimento indígena. A primeira é sobre a cor ou raça, e a segunda é uma pergunta de cobertura, que é ‘você se considera indígena?”. Essa abordagem permite uma visão mais precisa da realidade da população indígena.
Desafios na alfabetização
A taxa de analfabetismo entre os indígenas é mais que o dobro da taxa nacional, alcançando 15,05%. Nas terras indígenas, o índice é ainda mais alto, chegando a 20,80%. Isso significa que um em cada cinco indígenas moradores dessas localidades não sabem ler ou escrever. Em comparação com o censo anterior, de 2010, a taxa de analfabetismo era maior em todos os grupos, mas os dados de 2022 mostram uma redução nesses índices.
A leitura e a escrita são habilidades fundamentais para a educação e o desenvolvimento pessoal. No entanto, a população indígena enfrenta desafios significativos para acessar essas habilidades. A taxa de analfabetismo aumenta com a faixa etária, alcançando 42,88% entre os indígenas com mais de 65 anos. Dentro das TIs, os percentuais são ainda mais altos, chegando a 67,90%.
A região Norte e Nordeste apresentam taxas de analfabetismo superiores à média nacional entre os indígenas. A taxa nacional é 15,05%, enquanto a região Norte tem 15,27% e a região Nordeste tem 18%. O mesmo comportamento regional se observa em relação aos indígenas que vivem em TI, com taxas de 23,01% no Norte e 23,74% no Nordeste.
A alfabetização é um direito fundamental e essencial para a educação e o desenvolvimento pessoal. É importante que sejam tomadas medidas para reduzir a taxa de analfabetismo entre a população indígena brasileira e garantir que todos tenham acesso à leitura e à escrita.
Fonte: @ Jornal da Cidade