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Rejeição de contrato com empresa israelense por questões ideológicas gera polêmica no Congresso Nacional, afetando relações diplomáticas e aquisição de blindados para o Exército e Polícia Rodoviária Federal.
A decisão do Governo Federal de rejeitar um contrato com uma empresa de Israel que venceu licitação por motivos político-ideológicos, revelada pelo ministro da Defesa em um discurso público, gerou grande controvérsia no Congresso Nacional. A rejeição do contrato é vista como uma medida política que pode ter consequências negativas para o país.
No Congresso Nacional, a polêmica em torno da decisão do Governo Federal ganhou força, com alguns parlamentares questionando a autoridade do Poder Executivo em tomar decisões que afetam a Administração pública. A falta de transparência na tomada de decisões é um dos principais pontos de crítica. Marcos Pollon (PL-MS) pediu a convocação do chanceler Mauro Vieira para explicar a denúncia de Múcio e esclarecer os motivos por trás da rejeição do contrato.
Decisões do Governo
A Administração do Governo está em processo de licitação para a compra de 36 blindados para o Exército. O General Pazuello (PL-RJ) solicitou a convocação do assessor especial da Presidência, Celso Amorim, para esclarecer questões relacionadas à compra. Além disso, Alfredo Gaspar (UNIÃO-AL) apresentou três requerimentos para que Amorim, Vieira e Múcio expliquem o impacto de questões ideológicas nas relações diplomáticas entre Brasil e Israel.
A blindagem aos expoentes governistas começou, com as bancadas do PT e PSOL fechadas para defesa do trio. Enquanto isso, o presidente Lula da Silva deve aparecer hoje num comício de Caetano, candidato do PT a prefeito de Camaçari, região metropolitana de Salvador. A disputa está voto a voto, com Caetano tendo 49,52% (77.926) dos votos e Flávio (União) alcançando 49,17% (77.367), apoiado por ACM Neto.
Surpresas e Mudanças
O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) surpreendeu ao aparecer abraçado em Lula no Palácio. O bolsonarista, chamado de traidor pela militância do ex-presidente, tem seus motivos. Foi barrado pelo clã na disputa pela prefeitura do Rio e agora mira o Senado. Foi ele quem capitaneou um grupo de evangélicos no Planalto, na terça. Das duas, uma: Ou quer chamar atenção de Bolsonaro, ou mudou de vez a cor da gravata.
A Comissão de Relações Exteriores do Senado previa audiência com o chanceler Mauro Vieira para explicar posições do Brasil sobre a eleição na Venezuela. No entanto, por decisão do presidente da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), aliado do Governo, a reunião foi cancelada sem nova data. A última sessão da Comissão deu-se no longínquo 15 de agosto, com acanhado Celso Amorim.
Indicações e Requerimentos
Maria Izabel Vieira, atual cônsul-geral do Brasil em Houston, nos Estados Unidos, foi indicada para chefiar a Embaixada do Brasil na Eslovênia. Ela aguarda, agora, a benevolência de Renan Calheiros (ele de novo) para ser sabatinada. Outras duas escolhidas estão na fila: Gilda Neves, para a Turquia, e Daniella César, para o Senegal.
Sete requerimentos de convite ao ministro Ricardo Lewandowski foram aprovados pela Comissão de Segurança Pública da Câmara. Ele pode ir, mas também pode ignorar, como têm feito vários ministros do Governo. Os deputados querem interpelar o ministro sobre questionário submetido a agentes da Polícia Rodoviária Federal sobre a identidade e afinidade partidária dos agentes da corporação e o escândalo Silvio de Almeida.
Fonte: @ Jornal da Cidade