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A Caixa Econômica Federal irá adotar novas regras de financiamento para imóveis a partir de 1º de junho, exigindo que os mutuários paguem uma entrada maior e financiem um percentual menor do valor do imóvel. Essa mudança visa restringir a concessão de crédito para imóveis no âmbito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Com essa alteração, os mutuários precisarão arcar com uma entrada mais significativa, o que pode impactar sua capacidade de obter financiamento para habitação. Além disso, a Caixa também irá financiar um percentual menor do valor do imóvel, o que pode exigir que os mutuários busquem outras fontes de financiamento para cobrir a diferença. É importante ressaltar que essas mudanças podem afetar a capacidade de compra de imóveis, especialmente para aqueles que dependem do financiamento para adquirir sua moradia. No entanto, é fundamental lembrar que as regras de financiamento são periodicamente revisadas para garantir a estabilidade do mercado imobiliário.
Financiamento Imobiliário: Mudanças na Caixa Aumentam Entrada e Limitam Valor de Avaliação de Imóveis
A Caixa Econômica Federal mudou as regras para o financiamento imobiliário pelo sistema de amortização constante (SAC) e pelo sistema Price. Para o SAC, a entrada mínima subirá de 20% para 30% do valor do imóvel, enquanto para o sistema Price, a entrada mínima aumentará de 30% para 50%. Além disso, a Caixa só liberará o crédito para quem não tiver outro financiamento habitacional ativo com o banco.
O valor máximo de avaliação dos imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) será limitado a R$ 1,5 milhão em todas as modalidades do sistema. Atualmente, o crédito pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com juros mais baixos, é restrito a imóveis de R$ 1,5 milhão, mas as linhas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não têm teto de valor do imóvel.
Essas mudanças se aplicam a futuros financiamentos e não afetarão as unidades habitacionais de empreendimentos financiados pelo banco. A Caixa concentra 70% do financiamento imobiliário brasileiro e 48,3% das contratações do SBPE.
Em nota, o banco justificou as restrições porque a carteira de crédito habitacional do banco deve superar o orçamento aprovado para 2024. Até setembro, a Caixa concedeu R$ 175 bilhões de crédito imobiliário, alta de 28,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram 627 mil financiamentos de imóveis. No SBPE, o banco concedeu R$ 63,5 bilhões nos nove primeiros meses do ano.
Crédito Imobiliário: Caixa Estuda Medidas para Ampliar Atendimento
A Caixa estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e ao Governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado.
A falta de recursos para o financiamento imobiliário decorre do maior volume de saques na caderneta de poupança e das maiores restrições para as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), aprovado no início do ano. Caso não limitasse o crédito, a Caixa teria de aumentar os juros.
Segundo o Banco Central (BC), a caderneta de poupança registrou o maior volume de saques líquidos do ano em setembro, com os correntistas retirando R$ 7,1 bilhões a mais do que depositaram. Esse também foi o terceiro mês seguido de retiradas. Outro fator que contribuiu para a limitação do crédito foi o aumento da demanda pelas linhas da Caixa, em meio à elevação das taxas nos bancos privados.
Fonte: @ SÓ Sergipe