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Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam aumento da taxa básica de juros.
No mercado financeiro, a expectativa é de que a taxa de juros suba para 11,25% ao ano, na reunião do Copom. O aumento da taxa básica de juros, a Selic, é esperado para esta terça-feira (5) e quarta-feira (6), segundo o Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC).
Esse aumento é considerado uma medida para controlar a inflação. A inflação elevada pode impactar negativamente a economia. Além disso, as instituições financeiras consultadas pelo BC também prevêem que as taxas de juros permanecerão altas por algum tempo, o que pode afetar o crédito e o consumo. O aumento da taxa de juros pode influenciar a decisão de compra de bens e serviços.
Taxa de Juros e Selic
Os analistas de mercado elevaram a estimativa para a taxa básica de juros para os próximos anos, devido à alta recente do dólar e às incertezas em torno da inflação. A última alta dos juros ocorreu em agosto de 2022, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. Após passar um ano nesse nível, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano.
Comitê de Política Monetária e Taxa Básica
O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic pela primeira vez em mais de dois anos, para 10,75% ao ano, diante da alta recente do dólar e das incertezas em torno da inflação. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa para a taxa básica subiu de 11,25% ao ano para 11,5% ao ano.
Inflação e Taxa de Juros
A Selic é o principal instrumento do Banco Central (BC) para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Previsões para o Futuro
Para 2026 e 2027, o mercado prevê que a taxa seja reduzida, mas elevou o seu nível em 0,25 ponto percentual para os dois anos, para 9,75% ao ano e 9,25% ao ano, respectivamente. A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu, passando de 4,55% para 4,59% este ano. Se confirmado, o IPCA estoura o teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Fonte: @ SÓ Sergipe