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Os ex-policiais William Noia, Paulo Rodolpho e Kleber Nascimento foram condenados por crime de tortura resultante de abordagem policial, com pena estabelecida pelo Júri Popular.
Os ex-policiais rodoviários federais William Noia, Paulo Rodolpho e Kleber Nascimento, réus no caso, foram condenados pela morte de Genivaldo de Jesus Santos, vítima de uma abordagem policial trágica em 2022. Essa decisão foi tomada nas primeiras horas da manhã de sábado, 7, durante o 12º dia do Júri Popular, realizado no Fórum de Estância.
Essa condenação representa um marco importante na busca por justiça para Genivaldo e sua família. Os condenados, que estiveram sujeitos a um intenso escrutínio durante o julgamento, agora enfrentarão as consequências legais de suas ações. A decisão também destaca a importância de responsabilizar os agentes de segurança pública por abusos de poder e violações dos direitos humanos. A justiça foi feita, mas a dor da perda permanece.
Condenados por Crime de Tortura: Entenda o Caso Genivaldo
Paulo Rodolpho Lima Nascimento foi condenado pelo Júri Popular por homicídio triplamente qualificado, com uma pena de 28 anos de reclusão. Já os réus William Noia e Kleber Freitas foram considerados não culpados de dolo e, portanto, a análise dos fatos foi transferida para o juiz. Noia e Freitas foram condenados por crime de tortura com resultado morte, com penas de 23 anos, um mês e nove dias de reclusão.
Julgamento e Análise do Caso
Os jurados entenderam que Paulo Rodolpho cometeu homicídio triplamente qualificado, por asfixia, por motivo fútil e sem chance de defesa para a vítima. Em relação a William Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas, o juiz afirmou que o julgamento mostrou um fato único: crime de tortura com resultado de morte não intencional. A procuradora-geral do MPF/SE, Eunice Dantas, explicou que o posicionamento do Ministério Público Federal se pauta no entendimento de que o réu foi torturado e passou por sofrimentos físicos e mentais.
Caso Genivaldo: Abordagem Policial e Uso Desproporcional da Força
Genivaldo foi abordado por agentes da PRF enquanto pilotava uma motocicleta sem capacete. Durante a abordagem, ele foi colocado dentro de uma viatura, onde os policiais usaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo em espaço fechado, o que resultou em sua morte por asfixia. O caso gerou grande comoção nacional e repercussão na mídia, destacando o uso desproporcional da força.
Fonte: @ InfoNet