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Empresa afirma acessar apenas conteúdo direcionado à inteligência artificial, mas a plataforma desagrada usuários, levantando questões sobre privacidade de dados, proteção de dados e recursos de privacidade.
A empresa Meta, responsável pelo aplicativo de mensagens WhatsApp, está incorporando inteligência artificial em todas as funcionalidades do aplicativo. Essa tecnologia pode ser ativada em grupos, conversas individuais e até mesmo nas pesquisas, que sempre foram destacadas por oferecerem privacidade com criptografia de ponta a ponta. Agora, a barra de busca exibe a mensagem ‘Pergunte à Meta AI ou pesquise’.
A integração da inteligência artificial em todos os aspectos do aplicativo pode suscitar questionamentos sobre a segurança de dados e a confidencialidade das informações trocadas. A privacidade dos usuários é um tema delicado, especialmente em um aplicativo que sempre se destacou pela garantia de sigilo nas conversas. É importante que a Meta mantenha a transparência sobre como a inteligência artificial será usada e quais são as medidas de proteção implementadas para garantir a segurança de dados dos usuários.
Privacidade: Desconfiança e Confusão em Torno da Nova Ferramenta da Meta
A nova ferramenta de inteligência artificial (IA) da Meta, que permite convidar um robô para conversas, gerou desconfiança entre os usuários em relação às informações que o aplicativo pode acessar. Segundo a empresa, a criptografia de ponta a ponta no app está protegida e a Meta AI acessaria apenas as mensagens enviadas a ela. No entanto, há recursos de privacidade ligados às IAs da Meta que ainda não funcionam, mesmo após 25 dias do anúncio da ferramenta.
Segurança de Dados: Contrato de Proteção e Confidencialidade
O contrato de proteção de dados do conglomerado afirma que o comando ‘/saved-details’ mostra ‘os detalhes mais recentes da conversa com as IAs da Meta’. No entanto, essa funcionalidade não está funcionando nos aparelhos brasileiros. Em vez disso, o robô envia respostas automáticas, dizendo que não tem acesso a informações pessoais ou detalhes salvos sobre o usuário. Isso levanta questões sobre a confidencialidade e sigilo das informações armazenadas pela Meta.
Privacidade de Dados: Falta de Transparência e Padrões Inferiores
O professor da Faculdade de Direito da USP, Juliano Maranhão, afirma que falta transparência na política de privacidade da Meta, que deveria informar que a ferramenta não funciona. Além disso, a empresa não fornece informações claras sobre como os dados são coletados e utilizados para treinar modelos de IA. Isso pode levar a padrões inferiores de proteção de dados e violação da lei geral de proteção de dados.
Proteção de Dados: Oposição ao Uso de Dados Públicos
A Meta afirma que os usuários podem acessar um formulário para se opor ao uso de suas mensagens com IAs no WhatsApp para treinar modelos de inteligência artificial. No entanto, a reportagem descobriu que, mesmo após vetar o uso de dados públicos, todas as mensagens enviadas à Meta AI foram armazenadas pela plataforma. Isso levanta questões sobre a eficácia da política de privacidade da empresa e a proteção de dados dos usuários.
Fonte: @ Folha UOL