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Queixa faz novas alegações, inclui o capitalista de risco Reid Hoffman, em parceria multibilionária com uso de inteligência artificial e diretorias interligadas que violam leis federais, alertando investidores a se abster.
O empreendedor Elon Musk mudou um processo jurídico movido este ano contra a OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, intensificando a rivalidade com o criador do chatbot online.
Uma ação mais agressiva da parte de Musk pode ter implicações significativas para a indústria de tecnologia. A OpenAI, uma startup que tem atraído grande atenção por sua inteligência artificial avançada, agora enfrenta um desafio jurídico mais sério. Como uma organização que busca inovar na área de IA, a OpenAI precisa lidar com essa disputa de forma estratégica para proteger seus interesses e continuar a desenvolver tecnologias como o ChatGPT.
Desenvolvimento de Alegações Antitruste Contra a OpenAI
A queixa emendada, apresentada em um tribunal federal no norte da Califórnia, apresenta novas alegações antitruste contra a OpenAI, empresa de inteligência artificial, e adiciona novos réus, incluindo a Microsoft e o capitalista de risco Reid Hoffman. A Microsoft é uma parceira próxima da OpenAI, com um investimento de mais de US$ 13 bilhões na startup. Hoffman é membro do conselho da Microsoft e anteriormente atuou no conselho da OpenAI.
A nova ação legal também adiciona dois autores ao processo, ao lado de Musk: sua startup xAI, que compete com a OpenAI, e Shivon Zilis, uma ex-membro do conselho da OpenAI. Zilis é agora uma executiva na empresa de implantes cerebrais de Musk, Neuralink, e mãe de três de seus filhos. A OpenAI e Hoffman não responderam imediatamente aos pedidos de comentário, enquanto a Microsoft recusou-se a comentar.
Musk processou a OpenAI em março em um tribunal estadual em San Francisco, antes de retirar o processo sem explicação. Sete semanas depois, ele entrou com um novo processo em um tribunal federal, argumentando que a OpenAI violou leis federais de extorsão ao conspirar para enganar-lo.
Violação de Leis Federais e Conflito de Interesses
A queixa federal alega que a OpenAI e dois de seus fundadores, Sam Altman e Greg Brockman, violaram o contrato de fundação da empresa ao colocar interesses comerciais à frente do bem público. Após se unir a Musk para criar a OpenAI em 2015 e prometer desenvolver cuidadosamente a inteligência artificial para o benefício da humanidade, o processo alega que Altman e Brockman abandonaram essa missão ao entrar em uma parceria multibilionária com a Microsoft.
Musk se afastou da OpenAI em 2018, antes de essa parceria ser criada. Na queixa emendada, Musk argumentou que a OpenAI está tentando eliminar concorrentes como a xAI ao insistir que seus investidores se abstenham de financiar esses rivais. Ele também argumentou que a xAI foi prejudicada porque a parceria da OpenAI com a Microsoft permitiu que as duas empresas trocassem informações sensíveis competitivamente.
Tanto Hoffman quanto Dee Templeton, uma vice-presidente da Microsoft, teriam minado as leis antitruste porque estavam envolvidos nos conselhos da Microsoft e da OpenAI, de acordo com a queixa. ‘O objetivo da proibição de diretorias interligadas é evitar o compartilhamento de informações sensíveis competitivamente’, dizia a queixa.
Fonte: @ Folha UOL