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Debate em Lisboa discute tecnologia nacional e infraestrutura em setores diferentes, como educação, preocupaçõe e energia limpa.
No âmbito da inteligência artificial, o Brasil busca estabelecer um marco legal que atenda às necessidades dessa tecnologia em constante evolução. Assim, o país busca criar um ambiente jurídico que incentive a inovação e promova o desenvolvimento sustentável dessa área.
Para isso, é fundamental considerar a complexidade da inteligência artificial e suas ramificações na sociedade. A inovação tecnológica traz consigo desafios e oportunidades, e a legislação deve abordar questões como privacidade, segurança e responsabilidade. A IA tem o potencial de transformar setores inteiros, desde a saúde até a educação. No entanto, também é crucial garantir que essas inovações sejam empregadas de maneira ética e responsável.
Desenvolvimento da Inteligência Artificial no Brasil: O Desafio de Equilibrar Proteção e Inovação
Um projeto de lei em tramitação no Senado busca equilibrar a proteção dos cidadãos e o desenvolvimento tecnológico nacional. Para alcançar esse equilíbrio, o diálogo com empresários é essencial, defende Carlos Afonso Souza, advogado e professor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS). ‘As vozes do empresariado precisam participar da discussão. A Inteligência Artificial (IA) não é um setor, é uma infraestrutura que alimenta os diferentes setores. É horizontal.’
Souza participou do primeiro painel da Lide Brazil Conference Lisboa, evento realizado por Lide, Folha e UOL, na capital portuguesa. Uma das preocupações é que a lei trate não apenas dos modelos de IA generativa, como o ChatGPT. ‘Hoje todo mundo sabe do que se trata IA, mas o ChatGPT é apenas uma noz no oceano. IA não é só a generativa. Minha preocupação é que a legislação não olhe só para um momento.’
Breno Silva, parceiro global da Bootcamp, aceleradora de startups, concorda que o diálogo é essencial porque a inovação não se dá em isolamento. Além da participação ativa de empresários nas discussões no Congresso, ele defende debate sobre investimento em educação e planejamento da produção energética. ‘Hoje 80% da energia de data centers já é destinada à IA. A gente pode se posicionar como líder de data centers porque tem energia limpa e barata’, diz Silva.
As oportunidades não são apenas de crescimento econômico, mas também de promoção de mais cidadania. Tom Petreca, diretor da Tencent para América Latina, conglomerado chinês de tecnologia, cita como exemplo a cidade de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, que tem dois grandes aplicativos, um para visitantes, estimulando o turismo, e outro para os moradores.
‘O aplicativo para o cidadão tem mais de 700 serviços públicos integrados. As pessoas conseguem resolver a vida inteira num só aplicativo’, conta.
Inovação e Inteligência Artificial: O Futuro da Tecnologia Nacional
A abertura oficial do evento teve a participação do ex-presidente Michel Temer, do embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro, do senador Weverton Rocha (PDT-MA), do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e de Carlos Moedas, prefeito de Lisboa.
Representando o Grupo Lide estavam João Doria Neto, presidente do Lide, João Doria, co-chairman, Marcelo Salomão, chairman do Lide Portugal, e Luiz Furlan, chairman e ex-ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Completaram a mesa Paulo Samia, CEO do UOL, e Vinicius Mota, secretário de Redação da Folha.
A Inteligência Artificial é uma tecnologia nacional que tem o poder de transformar a sociedade e a economia. Com a inovação e o desenvolvimento da IA, o Brasil pode se posicionar como um líder no mercado global. No entanto, é importante equilibrar a proteção dos cidadãos e o desenvolvimento tecnológico nacional. O diálogo entre empresários, governos e sociedade civil é essencial para alcançar esse equilíbrio.
Fonte: @ Folha UOL