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Disseminação do uso de celulares e chegada do open banking são temas do painel da Conferência de Lisboa, chave para uma Nova Era de cobertura ampla e desafio para ferramentas que captam sinal de celular.
No contexto atual, o termo “correntista” pode parecer um pouco ultrapassado quando se refere a um cliente de banco. No entanto, considerando a evolução tecnológica e a inclusão financeira, é possível considerar que um cliente de banco é, na verdade, uma usuária bancária, uma vez que a tecnologia permitiu que todo mundo que tenha um telefone celular possa realizar transações financeiras, como se estivesse carregando um pequeno banco no bolso.
Com o avanço da tecnologia, os bancos têm oferecido soluções inovadoras para atender às necessidades dos usuários bancários, como aplicativos móveis e serviços online. Essas soluções permitem que os clientes acessem seus serviços bancários de forma rápida e segura, tornando a experiência bancária mais conveniente e acessível. Além disso, a tecnologia também permitiu que os bancos ofereçam serviços personalizados, como alertas de transações e gerenciamento de contas, tornando a relação entre o banco e o cliente mais próxima e interativa. A segurança dos dados também é uma prioridade para os bancos, que investem em sistemas de segurança avançados para proteger as informações dos clientes.
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O futuro da experiência bancária
As inovações estão impulsionando uma ‘nova era bancária’, tema de uma das mesas da Conferência de Lisboa, evento realizado em 15 de novembro por Lide, Folha e UOL em Portugal. Essa nova era depende de tecnologia, cobertura telefônica e fatores culturais. Paulo Henrique Costa, presidente do Banco do Nordeste (BNB), afirma que os bancos enfrentam um desafio no Brasil. ‘Somos um país que adota rapidamente novidades tecnológicas. Os bancos precisam correr atrás dessa sede de inovação e modernização.’
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Desafio para os bancos
A proporção de brasileiros que são clientes de algum banco é alta, 86%, mas os bancos precisam se adaptar às novas tecnologias para atender às necessidades dos clientes. Sandra Utsumi, diretora executiva do Haitong Bank, lembra que em alguns países da Europa o uso de internet banking e celulares é relativamente baixo. ‘Na Alemanha e na Áustria, passa pouco de 50%, pois ainda há uma cultura do dinheiro vivo.’ Em Portugal, a cobertura ampla do sinal de celular contribui para o uso generalizado de serviços bancários em plataformas digitais.
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O papel da tecnologia
Luiz Fernando Furlan, chairman do Lide e ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, lembra que no Brasil esse desafio é mais complicado. ‘Existem regiões do país, como a Amazônia, onde o sinal ainda não chega.’ A adoção do Pix no Brasil facilitou enormemente as transferências bancárias, enquanto Portugal tem o aplicativo MBWay, um dos meios de pagamento mais usados no país. A União Europeia abre novas possibilidades dentro do conceito de open finance, permitindo que os usuários avaliem produtos de bancos de diferentes países.
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Ferramentas para o futuro
Turbinadas pela inteligência artificial, ferramentas para comparar os desempenhos dos fundos em diferentes bancos e países farão parte do futuro da experiência bancária. No Brasil, Paulo Henrique Costa acredita que os brasileiros adotarão facilmente a tecnologia do open banking. ‘É algo que dá um tremendo poder ao usuário do banco, pois ele pode escolher que dados compartilhar, como compartilhar, com quem compartilhar — e tomar as melhores decisões.’
Fonte: @ Folha UOL