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Regulamentação do uso de celulares avança. Escolas municipais discutem prós e contras do acesso dentro e fora da sala de aula, considerando crianças e adolescentes, problemas de aprendizado e formas de conversar.
No Brasil, há uma tendência em criar leis mais rigorosas para restringir o uso de celulares por crianças em escolas. Essas leis vão desde a proibição do uso do celular apenas durante as aulas até a proibição total, incluindo o período de recreio e a saída. Além disso, algumas propostas são ainda mais drásticas, sugerindo que crianças com menos de 10 anos não devem sequer portar um celular na mochila.
Esse movimento reflete uma preocupação crescente com o impacto que o uso excessivo de equipamentos eletrônicos, como smartphones, tem no desenvolvimento e comportamento das crianças. A exposição constante a telas e redes sociais pode afetar negativamente a saúde mental e física, além de distrair o foco dos estudos. Ao restringir o uso de celulares nas escolas, essas leis buscam promover um ambiente de aprendizado mais saudável e produtivo.
O Impacto do Uso Excessivo de Celulares em Crianças e Adolescentes
A discussão sobre o uso de celulares por crianças e adolescentes é um tema recorrente em todo o mundo. Estudos mostram que passar muito tempo em telas ou redes sociais pode prejudicar o desenvolvimento cerebral, especialmente em crianças, cujos cérebros ainda estão em formação. Além disso, esses hábitos podem levar a problemas de aprendizado que duram a vida toda.
A Opinião das Crianças sobre o Uso de Celulares
João Vitor Garcia de Oliveira, de 11 anos, acredita que proibir o uso de celulares é a melhor opção. Ele afirma que muitos colegas usam o celular em casa e, quando chegam à escola, ficam constantemente verificando as notificações. Já Pedro da Silva Ramos, de 8 anos, menciona que alguns colegas fingem usar o celular, mesmo sem estar com ele, mostrando o quanto o aparelho pode dominar a mente das crianças.
Formas de Conversar e Uso de Celulares
Isadora Clemente, de 13 anos, relata que, quando a escola permitiu o uso de celulares em dias específicos, as meninas do fundamental 1 ficavam curiosas e perguntavam sobre o que os alunos faziam com os aparelhos. No entanto, agora que a escola proibiu o uso de celulares, exceto para pesquisas durante a aula, as crianças estão adaptando-se a novas formas de conversar e interagir.
Experiências Pessoais com o Uso de Celulares
Anna Yui Ikehara, colega de João, usa o celular apenas por meia hora à noite e prefere ler, brincar com o irmão ou fazer outras atividades. Já Pedro não tem um limite de tempo para o uso do celular, mas também prefere jogar futebol com o primo ou assisti-lo com o pai. Rafaela Baldini, de 11 anos, gosta de brincar com amigos na rua e considera que isso é mais divertido do que ficar no celular.
Em resumo, as crianças e adolescentes têm opiniões variadas sobre o uso de celulares, mas a maioria concorda que é importante encontrar um equilíbrio entre o uso do aparelho e outras atividades.
Fonte: @ Folha UOL