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Governo asiático anuncia medida após norte-americanos divulgarem controle maior sobre exportações de componentes essenciais e tecnologias duais para a administração chinesa.
A China, líder mundial em exportação, anunciou novas restrições à exportação de componentes essenciais para a fabricação de semicondutores eletrônicos para os Estados Unidos. Essa medida é uma resposta às medidas semelhantes tomadas por Washington contra o gigante asiático na segunda-feira (2), as quais afetam o comércio entre os dois países.
Essas restrições podem afetar significativamente as vendas de produtos que dependem desses componentes, como smartphones e computadores, e podem ter um impacto negativo no comércio bilateral entre a China e os Estados Unidos. A China, que é o maior exportador mundial, está tomando medidas para proteger seus interesses e manter sua posição no mercado global de exportação.
China restringe exportação de componentes essenciais para semicondutores
A China decidiu reforçar os controles de exportação de artigos de uso dual para os Estados Unidos, incluindo metais como gálio, antimônio e germânio, que podem ser usados em tecnologias duais, ou seja, aquelas que podem ser mobilizadas tanto com fins civis como militares. Além disso, as exportações de grafite, outro componente crucial dos semicondutores, estarão sujeitas a revisões mais estritas dos usos e usuários finais.
A administração chinesa justificou a medida afirmando que visa salvaguardar os interesses de segurança nacional e cumprir com as obrigações internacionais, como a não proliferação. A partir de agora, qualquer venda aos Estados Unidos desses componentes deverá contar com uma licença da administração chinesa. Além disso, todas as exportações com usos militares ficam estritamente proibidas.
O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou recentemente um novo pacote de restrições à exportação para a China de semicondutores e material para fabricá-los. Com as novas medidas, esse departamento deverá emitir uma autorização adicional às vendas a 140 empresas chinesas, incluindo empresas de chips Piotech e SiCarrier ou o grupo Naura Technology, que produz equipamentos para fabricá-los.
As novas restrições são parte de uma série de medidas adotadas pelos Estados Unidos para restringir as exportações para a China de chips de última geração que podem ser usados em sistemas de armas avançadas ou inteligência artificial. A China acusa Washington de ter ‘politizado e transformado em arma as questões econômicas, comerciais e tecnológicas’.
A medida pode afetar significativamente o comércio entre os dois países, especialmente no setor de tecnologia. A China é um dos principais fornecedores de componentes essenciais para semicondutores, e as restrições podem impactar a produção de chips nos Estados Unidos.
O governo chinês afirmou que as restrições são uma medida necessária para proteger os interesses de segurança nacional e cumprir com as obrigações internacionais. No entanto, a medida pode ser vista como uma escalada na tensão comercial entre os dois países, que já está em um nível elevado.
A medida também pode ter implicações para a indústria de tecnologia global, pois a China é um dos principais fornecedores de componentes essenciais para semicondutores. As restrições podem afetar a produção de chips em todo o mundo e ter um impacto significativo no comércio internacional.
Em resumo, a China restringiu a exportação de componentes essenciais para semicondutores, incluindo metais como gálio, antimônio e germânio, e grafite, para os Estados Unidos. A medida é uma resposta às restrições impostas pelos Estados Unidos à exportação de semicondutores e material para fabricá-los. A medida pode afetar significativamente o comércio entre os dois países e ter implicações para a indústria de tecnologia global.
Fonte: @ Folha UOL