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Debates importantes do ano têm em comum a dinâmica dos ambientes digitais e termos como desinformação climática, digitalização de processos, enfrentamento da crise, manipulação e falsas promessas, influenciadores digitais.
A cada ano, a digitalização dos processos pelos quais nos relacionamos com o mundo tem alterado de modo profundo as formas com que produzimos e consumimos informação. A educação midiática desempenha um papel fundamental nesse cenário, permitindo que as pessoas compreendam e analisem criticamente as mensagens midiáticas que as cercam.
No contexto da sociedade contemporânea, a educação midiática se torna ainda mais essencial, pois as pessoas estão cada vez mais expostas a uma quantidade crescente de informações provenientes de diversas fontes midiáticas. A literacia midiática é uma habilidade crucial que deve ser desenvolvida por meio da educação, permitindo que os indivíduos identifiquem, analisem e criem mensagens midiáticas de forma eficaz e responsável. Além disso, a alfabetização midiática é fundamental para que as pessoas possam decodificar e interpretar as mensagens midiáticas de forma crítica e reflexiva.
Educação Midiática: O Desafio Contemporâneo
Em 2024, a sociedade se deparou com uma série de desafios que destacam a importância da educação midiática. A desinformação sobre a crise climática, a proibição de celulares nas escolas e o avanço da inteligência artificial são apenas alguns exemplos de como a educação midiática se torna cada vez mais essencial para todos os públicos.
A desinformação climática, por exemplo, é um obstáculo significativo para o enfrentamento da crise climática. As enchentes no Rio Grande do Sul em maio de 2024 são um triste exemplo de como a desinformação e os golpes digitais são utilizados durante uma emergência ambiental, aumentando a vulnerabilidade e o sofrimento das vítimas. Além disso, narrativas falsas que negam o aquecimento do planeta desestimulam a pressão da sociedade por medidas de enfrentamento ao problema.
A literacia midiática é fundamental para combater a desinformação e promover a educação para os meios de comunicação. Ela permite às pessoas navegar com segurança e criticidade pelos ambientes digitais, identificando e combatendo a desinformação e a manipulação.
A digitalização de processos também é um desafio que requer educação midiática. A profusão de sites de apostas esportivas e cassinos online, por exemplo, levou ao debate sobre o potencial viciante dessas plataformas e o papel de influenciadores digitais e do governo federal na promoção e regulamentação, respectivamente, delas. A CPI das Bets, instalada em novembro de 2024, é um exemplo de como a educação midiática pode ajudar a investigar e regulamentar essas plataformas.
A manipulação e as falsas promessas vendidas por influenciadores digitais também são um desafio que requer educação midiática. A divulgação patrocinada do ‘Jogo do Tigrinho’ e correlatos trouxe à tona uma discussão sobre a responsabilidade dos influenciadores e a necessidade de educação midiática para combater a manipulação e as falsas promessas.
A alfabetização midiática é essencial para promover a educação midiática e combater a desinformação e a manipulação. Ela permite às pessoas entender e analisar a informação midiática, identificando e combatendo a desinformação e a manipulação.
O avanço da inteligência artificial também é um desafio que requer educação midiática. A alteração da resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proíbe deep fakes e obriga os partidos e candidatos a avisarem o eleitorado sobre o uso de inteligência artificial em seus materiais de campanha é um exemplo de como a educação midiática pode ajudar a regulamentar a tecnologia.
A proibição de celulares nas escolas também é um desafio que requer educação midiática. A discussão sobre a proibição de celulares nas escolas brasileiras ganhou novos contornos em 2024, com redes públicas de ensino adotando medidas do tipo e com o governo federal discutindo um projeto de lei. No entanto, é preciso que a discussão avance no sentido de educar crianças, jovens e seus responsáveis para o uso seguro dos aparelhos mediante a idade adequada.
Em resumo, a educação midiática é fundamental para combater a desinformação e promover a educação para os meios de comunicação. Ela permite às pessoas navegar com segurança e criticidade pelos ambientes digitais, identificando e combatendo a desinformação e a manipulação. A alfabetização midiática é essencial para promover a educação midiática e combater a desinformação e a manipulação. A literacia midiática também é fundamental para combater a desinformação e promover a educação para os meios de comunicação.
Fonte: @ Folha UOL