Termo ligado à inteligência artificial, refere-se a um tipo de despachante virtual, segundo o dicionário Oxford, acessível por meio de agentes de IA.
No cômputo geral das palavras do ano, o dicionário escolheu em 2024 a expressão “brain rot” (algo como apodrecimento cerebral), com 37 mil votos, em um longo debate. A expressão foi definida pelo dicionário como ‘a suposta deterioração mental de uma pessoa resultante do consumo excessivo de conteúdos online considerados triviais ou simplórios’.
Para muitos, a expressão “brain rot” é uma descrição fiel do que ocorre quando alguém se torna um “agente” da internet, passando horas a fio navegando por conteúdos triviais e simplórios. Esse comportamento pode levar a uma deterioração mental, tornando a pessoa menos crítica e mais suscetível a informações falsas. A internet pode ser um agente poderoso de informação, mas também pode ser um agente destrutivo se não for usada de forma responsável. Além disso, a exposição excessiva a conteúdos online pode levar a uma perda de habilidades cognitivas, tornando as pessoas mais propensas a acreditar em informações falsas.
A Origem do Termo ‘Agente’
O termo ‘agente’ não é novo e foi registrado pela primeira vez no livro ‘Walden’, de Henry David Thoreau, publicado em 1854. Thoreau usou a expressão para criticar a mídia da época, afirmando que as notícias eram ‘fofocas’ e que quem as editava eram ‘velhas tomando chá’. Ele também afirmou que o funcionamento saudável do intelecto dependia de se manter longe de repetições sem fim.
A Previsão para 2025
Com base na tendência atual, é provável que a palavra ‘agente’ ou qualquer derivação dela relacionada à inteligência artificial seja a palavra do ano em 2025. Em inglês, há vários neologismos relacionados ao termo ‘agente’, como ‘agentic’ (agêntico), ‘agentify’ (agentificar), ‘agentness’ (agenciedade), ‘agentive’ (agentivo) e ‘agentoid’ (agentoide).
O Uso de Agentes de IA
Os agentes de IA já estão em toda parte e estão sendo usados para acessar serviços públicos de forma eficiente. Por exemplo, nos EUA, a plataforma DirectFile preenche o Imposto de Renda automaticamente, enquanto na África do Sul, o site WeQ4U ajuda no licenciamento de veículos. No Brasil, é comum usar ‘despachantes’ para agilizar o acesso a serviços públicos, mas eles são acessíveis a poucos.
A Proposta de Democratizar o Uso de Agentes de IA
Tiago Peixoto e Luke Jordan propõem que o uso de agentes de IA possa ser feito também com os serviços públicos, permitindo que qualquer pessoa acesse esses serviços de forma eficiente e sem ter que ficar na fila. Eles sugerem que a IA possa virar o ‘despachante universal’, capaz de auxiliar qualquer pessoa, de graça, a acessar os serviços públicos de forma eficiente.
O Impacto da IA nos Serviços Públicos
A IA pode ter um impacto significativo nos serviços públicos, permitindo que eles sejam mais eficientes e acessíveis a todos. Além disso, a IA pode ajudar a reduzir a burocracia e a corrupção, tornando os serviços públicos mais transparentes e justos.
A Conclusão
Em resumo, o termo ‘agente’ está com tudo e é provável que seja a palavra do ano em 2025. A IA está sendo usada para acessar serviços públicos de forma eficiente e é provável que isso continue a acontecer no futuro. A proposta de democratizar o uso de agentes de IA é uma ideia interessante e pode ter um impacto significativo nos serviços públicos.
Fonte: @ Folha UOL