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Nos últimos tempos, a violência tem se tornado uma presença constante nos bairros de Salvador, alterando drasticamente a rotina das escolas públicas. As trocas de tiros, que se tornaram frequentes, geram um clima de medo e insegurança entre os estudantes e funcionários. Essa realidade é assustadora, especialmente quando se considera que, entre julho de 2022 e agosto deste ano, ocorreram aproximadamente 730 tiroteios nas proximidades desses colégios.
A violência não apenas gera um ambiente de pânico, mas também afeta emocionalmente todos os envolvidos. Os estudantes, que deveriam estar focados em aprender e crescer, são forçados a lidar com o estresse de tiros e tiroteios próximos às suas escolas, o que pode ter consequências duradouras em sua saúde mental e bem-estar. A insegurança se torna uma sombra constante, fazendo com que a rotina escolar perca sua normalidade e segurança, essenciais para o desenvolvimento saudável de qualquer criança ou adolescente.
Escolas Públicas de Salvador: Um Ambiente de Insegurança e Medo
Em Salvador, três de cada quatro escolas públicas registraram tiroteios no entorno em pouco mais de dois anos. O Instituto Fogo Cruzado, que monitora a violência armada no país, revelou que em mais de 80% dos dias letivos, pelo menos uma unidade escolar foi afetada. A insegurança é tão grande que tiros chegam a atingir áreas onde a merenda está sendo preparada, e alunos são forçados a se deitar no chão para se proteger.
Violência Armada: Um Problema da Comunidade Escolar
A pesquisa inédita do Instituto Fogo Cruzado identificou que entre julho de 2022 e agosto deste ano, houve cerca de 730 tiroteios nas proximidades de escolas públicas de Salvador, entre 6 da manhã e 10 da noite. Quase 450 unidades passaram por essa situação. A maioria das trocas de tiros foi em bairros da periferia, principalmente na Fazenda Grande do Retiro, Tancredo Neves, Castelo Branco e Engenho Velho da Federação.
Consequências da Violência Armada
A violência armada continua impedindo o estudo de crianças e adolescentes. Na semana passada, pelo menos 12 escolas municipais suspenderam as aulas no complexo que abrange três bairros: Nordeste de Amaralina, Vale das Pedrinhas e Santa Cruz. 3.000 estudantes foram prejudicados. Além disso, muitos professores e funcionários pedem transferência porque é difícil trabalhar num ambiente de medo constante. As crianças também estão sendo afetadas, com problemas psicológicos e pais que retiram as crianças da escola porque a situação está afetando a saúde mental delas.
Recomendações e Medidas
A Defensoria Pública da Bahia recomendou que a polícia não faça operação policial nas proximidades de escolas nos horários de entrada e saída, e que a defensoria e o Ministério Público sejam comunicados previamente se for necessário. Além disso, a Entidade sugeriu capacitação de professores em gestão de crises e primeiros socorros, além de outras medidas. A Secretaria Estadual de Educação informou que investe em apoio psicológico nas escolas e que a proteção das unidades é feita pelo Batalhão de policiamento escolar.
Um Problema que Exige Ação do Poder Público
Cabe ao poder público pensar em políticas para mitigar os efeitos nefastos da violência armada nas escolas públicas de Salvador. É necessário encontrar soluções para proteger as unidades escolares e garantir a segurança dos estudantes, professores e funcionários. A violência armada é um problema que afeta a comunidade escolar como um todo, e é necessário uma abordagem mais ampla para resolver essa questão.
Fonte: ©️ Band Bahia Oficial