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Eduardo Oinegue analisa avanço das investigações contra Jair Bolsonaro, indiciado pela PF por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e crimes graves contra o Estado Democrático de Direito.
No Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro sempre se considerou acima da lei, achando graça em fazer piadas sobre a democracia e elogiando os torturadores do regime militar. Ele se gabava de fazer isso tudo dentro dos limites da Constituição, sem se importar com as consequências de suas ações.
Mas agora, as coisas mudaram. A investigação sobre o golpe de estado está avançando, e as provas contra Bolsonaro estão se multiplicando. A tentativa de abolição da democracia não foi levada a sério, mas a tentativa de golpe é um crime grave. O cerco contra Bolsonaro está se fechando, e ele não pode mais se esconder atrás de suas ironias e grosserias. O golpe de estado não é algo para ser levado na brincadeira, e Bolsonaro está começando a pagar o preço por suas ações.
As Cordas do Golpe de Estado
Um homem se encontra em uma situação precária, indiciado pela Polícia Federal por dois crimes graves e um terceiro relacionado à forma como esses crimes foram praticados. Esses crimes graves incluem a tentativa de golpe de estado, a tentativa de abolição do Estado democrático de direito e a organização criminosa. A forma cristalina como esses crimes foram praticados é evidenciada pela lista de pessoas indiciadas pela Polícia Federal, que inclui 36 nomes, além do ex-presidente.
A Organização Criminosa
A presença desse ex-presidente na lista de indiciados não é uma coincidência. Golpe de estado acontece para colocar um golpista no poder, e basta olhar para a lista dos indiciados para perceber que o chefe da lista dos golpistas é Jair Bolsonaro. Além dele, incluem-se 25 militares, como General Augusto Heleno, chefe do gabinete de segurança institucional de Bolsonaro, e General do Exército Walter Braga Neto, ministro da defesa e candidato a vice de Jair Bolsonaro na tentativa frustrada de reeleição.
Depoimento e Delação Premiada
O ex-udante de ordens Mauro Sid prestou depoimento ao Ministro Alexandre de Moraes e correu o risco de perder a delação premiada devido à omissão de fatos sobre o planejamento de um golpe de estado contra Lula e uma armadilha para matar Lula, Geraldo Alckmin e o próprio Alexandre de Moraes. No entanto, após ouvir as explicações de Mauro Sid, o Ministro Alexandre de Moraes decidiu manter o benefício da delação premiada.
Indiciamento e Processo Judicial
O indiciamento é o que a polícia faz quando entende que encontrou um conjunto de evidências bastante razoável, mas não é a polícia que começa o processo na justiça. O Ministério Público recebe o material da Polícia Federal e decide formalizar ou não formalizar no Judiciário uma denúncia. Se formalizar, e a justiça acatar, Jair Bolsonaro vira réu. Com o material disponível, é difícil imaginar Bolsonaro longe das barras dos tribunais. O cerco contra ele se fechou e fechou muito.
Fonte: ©️ Band Jornalismo