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Guerra na Ucrânia atinge mil dias com eventos inéditos.
O conflito na Ucrânia atingiu um marco sombrio: 1000 dias de guerra, invasão e batalha incessantes. Nesse cenário de tensão, o envio de soldados norte-coreanos para lutar ao lado das tropas russas trouxe uma nova dinâmica ao campo de batalha.
Diante desse cenário de conflito, o presidente americano Joe Biden deu sinal verde para que a Ucrânia utilizasse mísseis americanos de longo alcance em ataques diretos contra o território russo. Em resposta, o presidente Vladimir Putin flexibilizou as suas regras para armas nucleares. Depois, a Ucrânia utilizou pela primeira vez os mísseis americanos e também os britânicos em cidades russas. E no final da semana, tivemos a confirmação de que Moscou lançou pela primeira vez um míssil de médio alcance contra a cidade de Dnipro, na região central da Ucrânia. A invasão russa continua a deixar marcas profundas na região. A batalha pela paz parece longe de um fim.
Conflito: O mundo se pergunta sobre uma possível guerra nuclear
Diante dos recentes acontecimentos, o mundo se pergunta se vai ter uma guerra nuclear ou se algum outro país vai se envolver diretamente nesse conflito. Para responder a essas perguntas, o professor Demetrios Pereira, especialista em relações internacionais, foi convidado a discutir o assunto.
Demetrios Pereira: ‘Uma guerra nuclear é algo impensável, pois as armas nucleares são vistas como um elemento de dissuasão, para evitar o conflito. Possuir armas nucleares significa se proteger, um elemento de defesa, não de ataque.’
Conflito: A guerra na Ucrânia e a possibilidade de escalada global
A guerra na Ucrânia tem sofrido uma escalada, com o presidente Putin falando sobre a possibilidade de uma guerra global. A eleição de Donald Trump pode fazer uma mudança nesse conflito, já que os Estados Unidos são grandes apoiadores da Ucrânia. No entanto, Trump tem prometido reduzir o apoio financeiro à OTAN e deixar os europeus se virarem com a Ucrânia.
Demetrios Pereira: ‘A eleição de Trump pode fazer uma mudança nesse conflito, mas a Ucrânia não tem muito orçamento para gastar em armamentos, por isso precisa das parcerias com os Estados Unidos e a União Europeia.’
Conflito: A possibilidade de uma guerra mundial
A Suécia e a Finlândia, que foram os países mais novos a entrarem na OTAN, emitiram uma cartilha de guerra para a população, dizendo como as pessoas precisam se comportar se uma guerra acontecer. Isso pode ser um sinal de que a guerra está se tornando cada vez mais real.
Demetrios Pereira: ‘A guerra entre Israel e Hamas, a guerra entre Rússia e Ucrânia, a posição do governo brasileiro, todos esses fatores mostram que a guerra está se tornando cada vez mais real. É difícil resolver os conflitos diplomáticos, pois as organizações internacionais dependem da cooperação entre os Estados.’
Conflito: O papel do G20 e a presença de Putin
O presidente russo Vladimir Putin não participou do G20, por causa de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional, em Haia, por crimes de guerra. Ele foi representado por Serguei Lavrov, que ficou meio que um elefante na sala.
Demetrios Pereira: ‘O G20 não é uma organização internacional, é um grupo de países que se reúne, não tem uma sede, não tem um presidente. A presidência estava nas mãos do Brasil, agora passou para a África do Sul, é uma presidência rotativa.’
Conflito: A importância da desescalada
É importante que a guerra na Ucrânia seja desescalada, não escalada. O mundo precisa encontrar uma solução diplomática para evitar uma guerra global.
Demetrios Pereira: ‘É importante que a gente possa falar em uma desescalada dessa guerra, não uma escalada mais uma vez. Vamos seguir acompanhando os acontecimentos na Europa, também no Oriente Médio, no mundo todo.’
Fonte: ©️ Band Jornalismo