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Pesquisa do Instituto Patrícia Galvão revela que 2 em cada 10 mulheres já foram ameaçadas de morte por namorados ou ex. A advogada Samira Abou Hamia, especialista no Direito da Mulher, discute esse tema.
Violência contra as Mulheres: Um Mal que Persiste
É com grande preocupação que abordamos o tema da violência contra as mulheres, uma chaga que ainda assola a nossa sociedade. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão, duas em cada 10 mulheres já foram ameaçadas de morte por seus parceiros, namorados ou ex-companheiros. Esse dado alarmante revela a gravidade do problema e a necessidade de ações efetivas para combatê-lo.
A violência contra as mulheres se manifesta de diversas formas, desde a agressão física até a psicológica, passando pelo machismo estrutural que permeia nossa cultura. O feminicídio, que é o assassinato de mulheres por motivos relacionados ao gênero, é um dos resultados mais trágicos dessa violência. É preciso quebrar o silêncio e romper com a cultura do estupro, para que possamos construir uma sociedade mais justa e segura para todas as mulheres. É hora de unir forças contra esse mal e lutar por um futuro melhor para as mulheres de todo o país.
Entendendo a Epidemia da Violência Contra as Mulheres
Samira Abol Ramia, advogada especialista em violência doméstica e Doutora, nos ajuda a entender a gravidade da violência contra as mulheres. Com números alarmantes e casos de feminicídio em constante aumento, é fundamental analisar as causas e consequências dessa epidemia.
Segundo a Doutora, a impunidade e o papel atribuído às mulheres na sociedade contribuem para esse aumento. O machismo estrutural e o sistema patriarcal perpetuam a violência, tornando-a uma epidemia que não mostra sinais de diminuição.
Medidas Protetivas: Uma Ferramenta Ineficaz?
A Doutora destaca que as medidas protetivas, como ordens judiciais para afastamento do lar comum e proibição de contato, são frequentemente ignoradas devido à falta de investimento em segurança pública. Isso permite que os agressores continuem a acessar e acometer as vítimas, resultando em casos de feminicídio.
Para que as medidas protetivas sejam eficazes, é necessário um investimento em segurança pública, incluindo rondas policiais e vigilância constante. A Patrulha Maria da Penha é um exemplo de serviço que pode garantir a segurança das vítimas, mas é insuficiente em muitas áreas.
Os Números da Violência Contra as Mulheres
A pesquisa revela que quase 17 milhões de brasileiras já viveram ou vivem em situação de risco de feminicídio. Além disso, duas em cada 10 mulheres já foram ameaçadas de morte pelo parceiro, namorado ou ex. Isso demonstra a gravidade da situação e a necessidade de ações eficazes para proteger as vítimas.
Violência Patrimonial e Outras Questões
A violência patrimonial, que inclui a manipulação financeira e a exploração, é uma das questões que podem impedir as mulheres de se desvincular de relacionamentos abusivos. Além disso, a violência psicológica, que pode incluir a descredibilização e a culpa, também é uma forma de violência doméstica que pode afetar as vítimas.
Recorte Racial: Mulheres Pretas e Pardas em Situação de Vulnerabilidade
A pesquisa mostra que as mulheres pretas e pardas são as que mais sofrem com a violência, com 25% e 19% dos casos, respectivamente. Isso é resultado do machismo estrutural e da condição de ser mulher negra, que as coloca em situação de vulnerabilidade social.
Conclusão e Chamado à Ação
A violência contra as mulheres é uma epidemia que requer ação imediata. É fundamental investir em segurança pública, garantir a eficácia das medidas protetivas e promover a conscientização sobre a gravidade da situação. As mulheres devem ser apoiadas e protegidas, e os criminosos devem ser responsabilizados.
Fonte: ©️ Band Jornalismo