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PIB cresceu 0,9% no 3º trimestre de 2024. Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria, analisa o impacto no mercado de trabalho, crédito, investimentos e inflação alta.
Julia na Rosa retorna ao Expresso Band News para discutir Economia. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou um crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, indicando um sinal positivo para a economia brasileira.
Esse aumento no PIB é um indicativo de que o país está no caminho certo em direção ao crescimento econômico sustentável. O crescimento do país está diretamente relacionado ao desempenho do PIB. Com essa alta, a economia brasileira começa a mostrar sinais de recuperação, o que pode atrair investimentos e impulsionar o desenvolvimento nacional. Aumentar o PIB é fundamental para melhorar a qualidade de vida da população.
PIB: Um Crescimento Econômico Significativo
De acordo com os números, o crescimento do terceiro trimestre foi de 0,9% em relação ao segundo trimestre, um crescimento menor em comparação com o segundo trimestre, que foi de 1,4%. No entanto, as previsões apontavam que o resultado seria menor, tornando esse resultado um crescimento forte e espalhado. Isso é importante porque o PIB estava muito concentrado no agro no ano passado, e agora está bem espalhado, com crescimento na indústria, setor de serviços, consumo das famílias e investimentos.
O IBGE revisou o número do crescimento de 2023, passando de 2,99% para 3,2%, o que é uma boa notícia. Além disso, o consumo está muito forte, sustentado pelo mercado de trabalho, renda e investimentos. No entanto, a dúvida é como manter um bom crescimento diante de um cenário mais difícil, com inflação alta e juros altos.
A economista Alessandra Ribeiro afirma que, embora a foto seja bonita, com um crescimento expressivo da economia brasileira, há uma tendência de desaceleração e perda de força da economia nos próximos trimestres. Isso deve ser um processo tênue e uma desaceleração maior a partir de meados de 2025.
O ambiente da economia brasileira está marcado por uma deterioração das expectativas, percepção de risco mais alta, câmbio depreciado, expectativas de inflação subindo e juros de mercado mais altos. Isso deve gerar um esfriamento da economia brasileira no próximo ano, mas não vai ser algo muito rápido devido à resiliência no mercado de trabalho e no mercado de crédito.
Alessandra Ribeiro também destaca que o câmbio está influenciando o crescimento, a inflação e a taxa de juros. A piora expressiva da moeda brasileira diante do recebimento do pacote de corte de gastos e isenção gerou uma percepção ruim entre os participantes do mercado. O câmbio está na casa de 6,05 e isso vai trazer reflexos principalmente para a inflação, que já tem dado notícias mais negativas nas últimas apurações.
Fonte: ©️ Band Jornalismo