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Faces criminosas espalham medo e violência no país, explorando rotas estratégicas e fragilidades do sistema, como tráfico de armas na fronteira com o Paraguai, aumentando seu poder bélico.
Uma investigação recente revelou a existência de 88 facções criminosas em diversas regiões do Brasil, revelando a extensão da violência que atinge nosso país. Essa expansão desenfreada da violência é um reflexo da força que o crime organizado tem ganhado nos últimos anos.
Diante desse cenário, o medo se espalha por todos os cantos, tornando-se uma constante na vida de muitos brasileiros. A violência se manifesta de diversas formas, desde ataques a instituições até a intimidação direta contra cidadãos comuns. A insegurança pública é um desafio constante, e é preciso uma ação coordenada para combatê-la. O combate à violência exige uma abordagem multifacetada, envolvendo não apenas ações policiais, mas também políticas sociais que visem reduzir as desigualdades e promover a justiça social.
A escalada da violência
A Polícia Rodoviária Federal apreendeu um arsenal de guerra em uma rodovia em Goiás, escondido no fundo falso de um caminhão de mudança com destino ao Recife. Entre as armas, estava um fuzil Ponto 50, de uso restrito das Forças Armadas, capaz de furar blindagens e derrubar helicópteros. A posse desse tipo de poder bélico por facções criminosas é cada vez mais comum. A maior parte dessas armas tem origem nos Estados Unidos e entra no Brasil pela fronteira com o Paraguai. Além das rodovias, os criminosos utilizam rios como rotas estratégicas para o tráfico de armas e drogas.
O medo e o crime organizado
No Amazonas, drogas produzidas no Peru seriam entregues no nordeste brasileiro. Esses grupos buscam expandir território e aumentar o domínio sobre o crime organizado. Em muitas regiões do Brasil, nos bairros sob influência do tráfico, é comum criminosos exigirem pagamentos de taxas para o comércio e moradores. Escolas fechadas devido a tiroteios e linhas de ônibus suspensas por causa da violência são cenas comuns. O último mês trouxe à tona a rivalidade entre duas facções em Santa Catarina, com tiroteio, fogo em barricadas e carros na grande Florianópolis.
A violência e o medo
No Rio Grande do Sul, confrontos entre facções rivais estão virando rotina. A polícia estima que oito em cada 10 assassinatos no Rio Grande do Sul estão relacionados ao tráfico de drogas. As principais facções criminosas atuam principalmente em bairros de periferia de todas as regiões da cidade. Investigação mostram inovações nas táticas criminosas, como o uso de drone para entregar armas nos presídios. Essas organizações criminosas têm aproveitado bem as fragilidades do sistema de segurança pública e justiça criminal do Brasil.
Fonte: ©️ Band Jornalismo