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Corte de gastos federais entra na reta final de negociações. Reforma tributária e mudança constitucional são discutidas.
Estamos chegando ao final da semana e é hora de fazer um balanço do que aconteceu no Congresso Nacional. Com o pacote de corte de gastos em pauta, muita coisa ainda precisa ser votada e decidida. Para discutir todos esses temas, convidamos Rodrigo Orengo para se juntar a nós.
Rodrigo, é um prazer tê-lo aqui conosco. A última semana no Congresso foi movimentada, com muitas discussões importantes em andamento. Além do pacote de corte de gastos, outras propostas também estão sendo analisadas pela Câmara e pelo Senado. Qual é a sua análise sobre o que está em jogo nesse momento e como essas decisões podem afetar o país? A expectativa é grande para as próximas votações.
O Congresso Nacional e as Pressões para Aprovação de Projetos
O governo liberou as emendas restantes, totalizando cerca de 8 bilhões de reais, e agora é hora de votar. Com o tempo muito curto, a pressão é enorme. O governo precisa votar a reforma tributária, o pacote de corte de gastos, que inclui três propostas: dois projetos de lei e uma PEC, além do orçamento, até sexta-feira, pois segunda-feira é o início do recesso parlamentar.
Duas reuniões importantes ocorreram hoje, e a informação mais importante é que o presidente Lula entrou em campo novamente após seu problema de saúde. Ele se reuniu com três ministros para alinhar a estratégia do governo, que é evitar desidratar o pacote de corte de gastos. No entanto, é uma tarefa difícil, pois os parlamentares já admitem que haverá mudanças na proposta.
Um ponto que é muito difícil de passar é a mudança no benefício de prestação continuada, que estabelece que quem já recebe benefício ou quem tem outras rendas pode ter restrição no pagamento do BPC. Essa é uma pauta que os aliados do governo têm muita dificuldade em fazer avançar.
Agora, aquela história de fim do teto de gastos é muito difícil de passar, pois a pressão das corporações de servidores públicos é gigantesca em Brasília. Com o presidente Lula na ativa, é muito pouco provável que se consiga votar tanto em tão pouco tempo.
O prazo é muito curto, e a gente está falando sobre o mérito das matérias. Quando tem acordo, você consegue votar qualquer matéria, mas o problema é realmente fechar esse acordo. O que realmente deve sair com mais facilidade é a reforma tributária, que precisa ser analisada pelos deputados.
As alterações feitas no Senado podem ser revisadas pela Câmara, mas pelo menos para a reforma tributária, já tem acordo para votar. A semana está sendo acompanhada de perto para ver como o Congresso Nacional lidará com as pressões para aprovação de projetos.
Fonte: ©️ Band Jornalismo