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Os povos originários brasileiros lutam há décadas para proteger suas terras, culturas e modos de vida diante das crescentes ameaças de exploração e violência. A presença desses povos no país remonta a milhares de anos antes da chegada dos europeus, e sua importância para a identidade e a biodiversidade do Brasil é inestimável. Os povos originários lidam com desafios como a demarcação de terras, a preservação das línguas e a luta contra a exploração ilegal de recursos naturais.
Os povos indígenas têm sido particularmente afetados pela expansão da fronteira agrícola e pela mineração, que ameaçam suas terras e modos de vida. Além disso, a pandemia de COVID-19 trouxe novos desafios, como o risco de contágio e a falta de acesso a recursos básicos. A preservação da cultura e a garantia dos direitos dos povos originários são fundamentais para o futuro do Brasil. É essencial que sejam reconhecidos e valorizados. Índios e nativos também têm sido afetados por esses problemas e lutam por seus direitos.
Uma Visão Profunda sobre a Defesa do Meio Ambiente
Em 1854, o presidente dos Estados Unidos propôs à tribo indígena a compra de grande parte de suas terras, oferecendo em troca a concessão de outra reserva. A resposta do Cacique Seat é considerada um dos mais belos e profundos pronunciamentos sobre a defesa do meio ambiente. Ele questiona como se pode comprar ou vender o firmamento, o calor da terra, o frescor do ar e o brilho da água, pois essas coisas são sagradas para o seu povo.
Cada pedaço da terra é sagrado para o seu povo, e os mortos nunca esquecem essa bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. As flores perfumadas são suas irmãs, e o servo, o cavalo e a grande águia são seus irmãos. Portanto, quando o grande chefe em Washington pede para comprar sua terra, ele está pedindo muito.
A terra é sagrada para os povos originários, e a água brilhante que escorre nos rios e riachos não é apenas água, mas o sangue de seus antepassados. Se lhe venderem a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada. O murmuro das águas é a voz dos meus ancestrais, e os rios são nossos irmãos, saciam a nossa sede, os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças.
A Visão do Homem Branco e a Defesa Ambiental
O homem branco não compreende os costumes indígenas, e uma porção de terra para ele tem o mesmo significado que qualquer outra. Ele trata a terra e o céu como coisas que podem ser compradas, saqueadas e vendidas, como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando apenas um deserto.
A visão das cidades do homem branco fere os olhos do homem vermelho, e não há um lugar quieto nas cidades do homem branco, nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar das folhas da primavera ou bater das asas de um inseto. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos. A terra não pertence ao homem, o homem pertence à terra.
Uma Carta Inspiradora e um Pronunciamento Importante
Depois dessa carta tão inspiradora e tão potente, Raoni Pató, um líder indígena e ambientalista, fala sobre as mudanças climáticas e a importância da defesa ambiental. Ele destaca que a carta do Cacique Seat é um manifesto sobre a questão ambiental e que os povos originários não são acima da terra, mas sim parte dela.
A carta nos traz reflexões sobre a importância de cuidar da mãe natureza e sobre o modo de ser e viver indígena, que vem do respeito com a mãe natureza. A carta também nos traz reflexões sobre o olhar do indígena à mãe natureza e sobre o homem branco, que não tem tido o cuidado de zelar pela mãe natureza.
Alianças para a Preservação Ambiental
Raoni Pató questiona se o governo, as empresas e as pessoas civis estão aliadas com os povos originários para lutar pela preservação ambiental. Ele traz um dado importante do último censo feito pelo IBGE, que mostra a importância da participação dos povos originários na defesa ambiental.
Fonte: ©️ Band Bahia Oficial