ouça este conteúdo
Acompanhe ao vivo e momentos exclusivos do canal da TV Band Bahia. Raça Negra, Identidade Brasileira e Educação Emancipatória.
No Brasil, o racismo é uma chaga que ainda persiste em nossa sociedade. De acordo com dados recentes, apenas na primeira semana de 2025, foram registrados 13 casos de racismo e 17 de intolerância religiosa.
É alarmante notar que esses números são apenas a ponta do iceberg, pois muitos casos não são denunciados devido ao medo de represálias ou à falta de confiança nas instituições. Além disso, a discriminação e o preconceito são faces da mesma moeda, e é fundamental que trabalhemos juntos para erradicá-los. Hoje, 21 de janeiro, é o dia nacional de combate a esses tipos de crimes, e é uma oportunidade para refletirmos sobre a importância de promover a igualdade e a justiça para todos. Somente através da educação e da conscientização podemos construir uma sociedade mais justa e igualitária.
A Escolinha Maria Felipa: Uma Homenagem à Heroína da Liberdade do Povo Negro
A escolinha Maria Felipa é uma homenagem à Heroína Maria Felipa de Oliveira, que lutou na Batalha pela independência da Bahia em 1823 e pela Liberdade do povo negro. Mais de 200 anos depois, o caderno e o lápis se tornaram Aliados na luta contra o mesmo inimigo: o racismo. Uma educação emancipatória, mas principalmente que fale sobre criticidade e reflexão, que afinal de contas, nós não tiramos nenhuma narrativa, nós apresentamos uma outra narrativa da construção da identidade do povo brasileiro.
Nas paredes da escola, a história do povo negro é retratada com a linha do tempo, os quadros e os cartazes, além dos livros na estante e na mesa, sem contar na exaltação das religiões de matrizes africanas e nas mãos de tinta colocadas no desenho de Mariele Franco. A instituição é a primeira afro-brasileira do país. O objetivo do ensino é formar cidadãos críticos e empáticos com uma educação que valoriza a diversidade, promove o respeito às diferenças e conecta o aprendizado, cultura, história e transformação social.
Luta Contra o Racismo e a Intolerância Religiosa
A educação é ainda para se pensar em uma sociedade no mínimo mais equânime. A escola desempenha um papel importante na luta contra o racismo. O objetivo é mudar uma realidade triste: só nos oito primeiros dias deste ano, o centro de referência Nelson Mandela registrou 13 casos de racismo e 17 de intolerância religiosa na Bahia. No ano passado, o total desse tipo de crime no estado chegou a 115. 21 de Janeiro é o dia nacional de combate ao racismo e à intolerância religiosa. A data homenageia a mãe Gilda de ogum, a l’orixá que morreu há 25 anos vítima de perseguição motivada por intolerância religiosa.
Delegacia Especializada de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa
O governador Jerônimo Rodrigues aproveitou o dia e inaugurou a decrim, a delegacia especializada de combate ao racismo e à intolerância religiosa. A delegacia é uma conquista, uma previsão e Lei no nosso estatuto de combate ao racismo, intolerância, Estatuto da Igualdade racial e combate a intolerância religiosa. É um instrumento importantíssimo que vai acolher e dar um atendimento especializado e humanizado às vítimas de racismo e de intolerância religiosa. O objetivo da especializada é prevenir, investigar e reprimir crimes motivados por preconceito racial e intolerância religiosa, além de fornecer Apoio às vítimas e promover ações de conscientização.
A delegacia vai funcionar a partir desta quinta-feira. O atendimento será sempre de segunda a sexta-feira, das 8 horas da manhã às 6 da tarde. É um divisor de águas na investigação da polícia civil em relação aos crimes de racismo. Eu tenho certeza que essa delegacia vai trazer para a população baiana, principalmente povo preto da Bahia, mais tranquilidade, mais segurança para todo todas as pessoas que moram aqui no nosso estado.
Fonte: ©️ Band Bahia Oficial